| 20/02/2008 11h57min
Envolvido no acidente que resultou na morte de Rafael Sperafico, em dezembro do ano passado, o piloto Renato Russo fez graves denúncias sobre à segurança na Stock Car em entrevista ao jornal Estado de São Paulo desta quarta-feira. Ele revelou que alguns de seus colegas de categoria usam drogas antes de treinos e provas e defendeu a realização de exame antidoping para evitar esta prática.
– Acho que tinha de ter antidoping. Desde o ano passado, o Dino Altman (médico da categoria) insiste, mas a Confederação (Brasileira de Automobilismo) nada faz. Não sei como é o desempenho para melhor porque não uso essas substâncias, mas para pior é que o cara perde totalmente os reflexos, e aí saem as porradas perigosas. Depois, falam que perderam o controle, que houve falha do carro. Tem piloto que bebe uísque antes da largada. Tem gente que fuma maconha, que cheira... E faz tempo – revelou Russo.
Além do suposto doping de alguns pilotos, Renato Russo fez outras críticas à falta de segurança na Stock.
– Na Europa, quando há qualquer batida, a primeira coisa que os comissários de prova fazem quando o piloto sai do carro é cortar a cinta do capacete para não usar mais. Aqui no Brasil tem cara que usa o capacete por dez anos e ninguém faz nada. A luva não é antichama, a camiseta de baixo é normal e deveria ser antichama. O pessoal parece não ter muito interesse na segurança, que não é vigiada. Não há comissário para avaliar isso. A maioria pensa: 'Nunca vai acontecer comigo – lamentou.
Renato Russo ainda revelou que pensou em parar de correr após o acidente que causou a morte de Sperafico, mas disse estar preparado para retornar à Stock Car na temporada 2008.
– Sei que vai ter gente que vai me chamar de assassino. Tudo o que posso responder é: 'Isso é opinião sua, fazer o quê? – encerrou o piloto.
O acidente de Renato Russo e Rafael Sperafico
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