A atuação do Brasil não mereceu elogios da imprensa internacional. O empate por 1 a 1 diante do Peru no domingo, em Lima, pelas Eliminatórias da Copa de 2010, deixou a desejar, segundo o site Globoesporte.com.

"O Brasil continua a desiludir nas Eliminatórias" resumiu o jornal português A Bola, com uma única ressalva: "Foi uma exibição aquém do esperado, disfarçada pela categoria de Kaká." O meia do Milan foi o único poupado. "Brilho de Kaká salva um Brasil pobre, sem ritmo de jogo", estampou o diário espanhol As. Na Itália, onde ele joga, os elogios foram ainda mais rasgados. "Kaká faz grande jogada, mas Peru esfria o Brasil", escreveu o La Gazetta dello Sport. "Dêem-lhe a Bola de Ouro, rápido. Com a jogada de domingo, Kaká não tem mais rival no caminho do prêmio: classe, personalidade, coragem e gol", acrescentou.

Se Kaká mereceu elogios, os companheiros Ronaldinho e Robinho não foram poupados. "Foram dois fantasmas em campo, e a defesa, um sofrimento", criticou a Gazetta. O As foi ainda mais ácido: "Ronaldinho demonstrou que é um verdadeiro líder dentro de campo, contagiando seus companheiros com um ritmo entediante e preguiçoso, muito diferente do que tem quando diverte seus amigos com os tambores".

O resultado fez a alegria de argentinos. "Brasil, você está cada vez mais distante", estampou em sua capa o provocador Olé. "A seleção nem chegava ao gol de Peny, estava de dar pena", acrescentou, irônico. O empate, porém, não surpreendeu. "O Brasil manteve o hábito de não ganhar fora de casa", resumiu o site português Mais futebol.

Resultado empolga peruanos

No Peru, a imprensa cobriu de elogios sua seleção. "Lutou até o ultimo minuto e ganhou um ponto contra o Brasil", estampou na capa o El Comercio. "A atuação deu vontade de parar para aplaudir. O Brasil, que parecia pensar mais no Uruguai, só ameaçou no gol de Kaká. Não deixamos que se aproximasse da área", publicou.

A garra peruana foi um dos destaques. "O Peru jogou com coragem e fez o Brasil respeitar os donos da casa", escreveu o La Razón. Para muitos, a atuação deveria ter garantido os três pontos. Mas o Correo manteve os pés no chão. "Deveríamos ter vencido, sim, mas também poderíamos ter perdido no último minuto", publicou, em alusão à cabeçada de Juan na trave no último lance da partida.