A Fifa está otimista quanto à capacidade do Brasil em realizar a Copa de 2014. Essa é a impressão do enviado especial da RBS a Zurique, Pedro Ernesto Denardin, que acompanhou nesta terça a cerimônia em que a entidade máxima do futebol confirmou o país pentacampeão como sede do Mundial. Durante a coletiva de imprensa, uma jornalista canadense perguntou ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sobre os problemas de segurança no Brasil. Denardin destacou que essa foi uma questão isolada, visto que a maioria da imprensa estrangeira está otimista:

– Eles estão encarando com normalidade. Normalmente, os jornalistas de outros países, principalmente da Europa e da Ásia, têm muita admiração pelo futebol brasileiro. Então para eles é uma coisa muito bonita, eles não focam muito na segurança. São poucos os jornalistas que pensam nisso, como essa canadense. Nós brasileiros que somos mais preocupados que os europeus – salientou.

– Mais tarde o presidente Lula disse 'Vamos parar com essa bobagem, nós temos problemas de segurança sim, mas nós podemos fazer eventos'. Não dá para imaginar que um grande evento, segundo o presidente, possa ser apenas nos Estados Unidos e Europa. O Brasil pode também – completou Denardin.

O jornalista confia que o Rio Grande do Sul será confirmado como uma das sedes dos jogos no país. Sobre o investimento de dinheiro público no Mundial, Pedro salientou que, diferente do Pan, haverá mais recursos da iniciativa privada na organização do evento:

– No Pan, tu tens que colocar 5 mil atletas em uma única cidade. Então tem que pensar em alojamento, alimentação, uma série de coisas. Ninguém banca o pan-americano, ninguém bota dinheiro, então o governo teve que ir lá botar. O Pan tem que fazer ginásios, piscinas, pistas e o futebol é fazer um estádio. Só que um estádio é uma coisa rentável. Um estádio, quando feito com lojas, hotel próximo, dá lucro. Há muitas empresas no mundo com capital para investir isso – salientou.