O sorteio realizado nesta sexta, dia 9, em Leipzig, na Alemanha, definiu os grupos da Copa do Mundo de 2006. Na primeira fase, os adversários do Seleção Brasileira, que encabeça o Grupo F, serão Croácia, Austrália e Japão. O Brasil começará jogando contra os croatas, dia 13 de junho, em Berlim. O segundo adversário será a seleção australiana. O time de Carlos Alberto Parreira encerra a participação na primeira fase enfrentando o Japão.

Segundo o jornalista Ruy Carlos Ostermann, a maior dificuldade da seleção brasileira será na estréia contra a Croácia.

– A estréia será muito difícil contra os croatas, mas uma Copa do Mundo é assim mesmo. Será preciso superar as dificuldades de se enfrentar logo de cara três estilos de jogo completamente diferentes: a Croácia joga um futebol muito parecido com o nosso, o Japão tem muita velocidade, mas peca pela ingenuidade, e a Austrália tem na força a sua principal característica. Mas a Seleção Brasileira é uma síntese disto tudo, logo, tem vantagem sobre os demais – explica o professor.

O meia Juninho Pernambucano lembrou das dificuldades enfrentadas pela equipe brasileira nos últimos confrontos contra os futuros adversários.

– O grupo não é fácil e enfrentaremos dois times que jogamos recentemente. Com o Japão tivemos muitas dificuldades na Copa das Confederações, e é comandado pelo Zico. A Croácia, fizemos um amistoso lá e empatamos. Também é difícil. E a Austrália eliminou o Uruguai. Se analisarmos a história das três seleções na Copa, o Brasil é favorito. Mas o importante é estrearmos bem. Se o Brasil vencer o primeiro jogo contra a Croácia, ganha moral e embala. Estou confiante e aposto que temos tudo para jogar muito bem – disse o meia.

O jogo que abre a Copa do Mundo será entre Alemanha e Costa Rica. Os donos da casa deram sorte e caíram em um grupo teoricamente fraco. Além dos costarriquenhos, os anfitriões ainda enfrentam nesta fase a Polônia e o Equador.

Quem definitivamente não se dá bem em sorteios são os argentinos. Na última Copa, em 2002, a Argentina ficou no chamado grupo da morte, ao lado da Inglaterra, Suécia e Nigéria. Na Alemanha, os sul-americanos enfrentarão a desconhecida equipe da Costa do Marfim na primeira partida. Em compensação, enfrentam dois jogos duríssimos na seqüência: Sérvia e Montenegro e Holanda.

A Itália acabou ficando no Grupo E, com Gana, Estados Unidos e República Checa. O segundo lugar desta chave pega o primeiro do grupo do Brasil nas oitavas-de-final.

A solenidade que definiu os grupos de cada seleção na Copa da Alemanha foi elaborada para parecer com um show de televisão. Estima-se que cerca de 320 milhões de pessoas acompanharam a festa, que foi transmitida para 160 países, nos cinco continentes da Terra. Os mestres de cerimônia do espetáculo foram o jornalista esportivo Reinhold Beckmann e a modelo Heidi Klum.

O primeiro ato, antes do momento mais esperado do evento, foi a devolução da taça da Copa do Mundo de 2002, ganha pelo Brasil. O presidente Ricardo Teixeira subiu ao palco e a entregou a Joseph Blatter, que a repassou ao presidente da Federação Alemã.

– Já estou com saudade – disse Teixeira, em francês.

A Fifa exibiu vídeos com os ganhadores de todas as Copas do Mundo, desde a primeira em 1930, realizada e vencida pelo Uruguai. Os craques de todos os campeonatos mundiais também foram lembrados.

Grandes nomes do futebol mundial foram chamados para subir ao palco em Leipzig. O destaque ficou por conta da apresentação de Franz Beckenbauer. O craque da Copa do Mundo de 1974 e presidente da comissão organizadora da Copa de 2006, foi aclamado pelo público presente no sorteio realizado na Alemanha.

O cantor colombiano Juanes foi a principal atração musical do evento. Outra apresentação que mereceu destaque foi a do mágico Hans Klok. A Jovem Filarmônica Alemã, formada por 84 estudantes que interpretaram obras de Bach, Beethoven, Mozart e Richard Strauss teve a responsabilidade de encerrar a solenidade.

Confira abaixo como ficaram divididas as seleções na Copa de 2006.