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 | 28/01/2002 21h06min

Ato na Praça de Maio é o primeiro de uma semana repleta de protestos

Líderes do movimento desta segunda-feira teriam marcado encontro com Duhalde

O protesto que reuniu milhares de jovens da periferia de Buenos Aires na Praça de Maio nesta segunda-feira, dia 28, terminou no fim da tarde e marcou o início de uma semana com intensa agenda de manifestações na Argentina. Haverá prostetos diarimente, que reúnem desde devedores não contemplados com a conversão das dívidas em dólar pela cotação um por um até sem-teto em mobilização por doação de terrenos. O ápice deve ocorrer no fim da semana. Na sexta-feira, 1º de fevereiro, está programado um panelaço nacional, às 22h locais. Por e-mail, os organizadores afirmam que será um ato "pacífico, mas gigantesco, monumental e histórico", para que os governantes "não continuem se fazendo de surdos". Na Internet, também há a convocação para um panelaço mundial sábado e domingo.      

Os manifestantes desta segunda-feira exigiram medidas sociais urgentes, como a criação de 1 milhão de postos de trabalho no país.  Líderes do movimento informaram ter obtido a promessa de um encontro com o presidente Eduardo Duhalde nesta quarta-feira. Ameaçaram com um novo protesto nacional, com bloqueio de estradas, se as exigências não forem atendidas. Em La Plata e em Mar del Plata, grupos de desempregados fecharam ruas e estradas em apoio à manifestação da Praza de Maio. Também foram bloqueadas pontes de acesso à capital, provocando congestionamento de trânsito. 

O governo lançou um plano de combate ao desemprego com incentivos à produção e à abertura de postos de trabalho, partindo de um salário de 200 pesos mensais (US$ 142), mas os desempregados consideram isso insuficiente. Uma família típica argentina precisa de US$ 1,5 mil mensais para cobrir suas necessidades básicas, segundo empresas de consultoria privadas. Quase 20% da população ativa está desempregada. Entre as reivindicações dos manifestantes estão a reestatização do sistema de aposentadorias, a suspensão do pagamento da dívida externa e a "pesificação" das dívidas assumidas em dólar.

 
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