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Presidente da OAB acredita que crime foi político

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rubens Aprobato Machado, afirmou nesta segunda-feira em Santo André que acredita que o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT) tenha sido um crime político. Ao passar pelo velório do prefeito na Câmara Municpal nesta manhã disse que "a persistência com que os bandidos abordaram o carro, levando apenas um dos passageiros, e a execussão da vítima não são típicas de um seqüestro comum."

Para o  presidente da OAB, a  população deve cobrar mais firmeza das autoridades. Machado também fez duras críticas à polícia:

– Compete à polícia, que não foi eficiente na prevenção deste crime, que seja na repressão. Vivemos um regime de pânico, o que prova que o trabalho da polícia não está funcionando – atacou.

Neste domingo, dia 20, a OAB  divulgou nota lamentando o assassinato do prefeito e conclamando a sociedade a mobilizar suas forças para exigir dos poderes públicos um plano enérgico e duradouro de combate à criminalidade. A nota diz: “A barbárie que assume proporções fantásticas, particularmente no Estado de São Paulo, denota a fragilidade das políticas públicas na área de segurança e a desatenção das autoridades para a criminalidade crescente em todas as unidades da federação”.

O corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), está sendo velado na Câmara de Vereadores do município e o enterro será às 17h desta segunda-feira, dia 21, no cemitério Vila Assunção, em Santo André.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo afirmou já ter algumas pistas sobre a Frente de Ação Revolucinária Brasileira (Farb), que teria ameaçado de morte prefeitos petistas. Marco Vinício Petrelluzzi disse que há mais de quatro meses a polícia está investigando o grupo, mas ele não quis divulgar nenhuma informação, para não comprometer as investigações. O governador Geraldo Alckmin disse que ofereceu proteção a todos os prefeitos petistas que tenham sido ameaçados pela Farb.

O prefeito foi seqüestrado no final da noite desta sexta-feira, dia 18, ao sair de uma churrascaria na zona sul da capital paulista. O político estava de carona na Pajero blindada de um amigo, o empresário Sérgio Gomes da Silva, quando o carro deles passou a ser perseguido e atingido por vários tiros. Os seqüestradores arrancaram Daniel de dentro do veículo, o colocaram em uma Blazer preta e fugiram sem deixar pistas. O amigo do prefeito foi liberado logo em seguida.

Celso Augusto Daniel – prefeito reeleito de Santo André, município do ABC paulista – era também o coordenador o programa de governo do PT à Presidência da República. Professor universitário da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) desde 1982, coordenou o curso de Economia da universidade no período de 1987 a 1989. Também trabalhou no mestrado e no curso de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O prefeito nasceu em 16 de abril de 1951, em Santo André. Era formado em engenharia pela Escola de Engenharia Mauá, em São Caetano do Sul (SP), em 1973, e mestre em administração pela FGV de São Paulo, em 1982.

Há dois meses, juntamente com outros 37 prefeitos do PT, recebeu carta com ameaça de morte.

 
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