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 | 14/06/2001 13h14min

Animais do Circuito Centro-Oeste poderão entrar em SC

Um jejum de mais de um ano está prestes a ser quebrado em Santa Catarina. Uma instrução normativa do Ministério da Agricultura liberou o ingresso de animais vivos e carne com osso vindos de propriedades e frigoríficos do Circuito Pecuário Centro-Oeste. Fazem parte desse grupo, que detém hoje status de livre de febre aftosa com vacinação, Paraná, São Paulo, parte de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. A suspensão do ingresso ocorreu em maio de 2000 depois que os rebanhos catarinense e gaúcho conquistaram o status de livre de aftosa sem vacinação. A Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) espera a publicação da norma para desencadear o processo de ingresso das cargas. Até o final da manhã desta quinta-feira, o diretor técnico da Cidasc, Mauro Kazmierczak, não sabia se a medida já havia sido publicada no Diário Oficial da União. Só depois, é que a instrução poderá entrar em vigor. Kazmierczak alerta também que há regras a serem cumpridas para as cargas rodarem no Estado. O comprador catarinense terá de pedir a liberação do negócio para o órgão estadual. Dados como quantidade de animais ou de carne com osso, procedência, dia, hora e local de entrada em Santa Catarina terão de ser informados. Serão quatro barreiras autorizadas a receber as cargas: em Mafra (BR-116), em Água Doce (BR-153), em Campo Alegre (SC-301) e em Abelardo Luz (SC-467). Os caminhões terão de ter lacres, colocados pela fiscalização oficial na origem e só rompidos com o aval de fiscais estaduais ou federais na hora do desembarque no destino. A previsão é que os pedidos de autorização comecem a ser recebidos na metade da próxima semana, conforme o diretor técnico da Cidasc. A expectativa é que haja um grande volume de aquisições do Circuito Centro-Oeste, de onde só podia vir carne sem osso até agora. O mercado catarinense não é auto-suficiente e há uma inflação de preços internos. Mauro Kazmierczak compara que a arroba negociada por R$ 50 no mercado local cai para R$ 35 a R$ 38 no vizinho Paraná. – Hoje, quem tem bois pede quanto quer. Há uma certa exploração. O diretor técnico da companhia estadual informa diz que há frigoríficos com abate parado por falta de matéria-prima. Com inspeção estadual, são quase 70 abatedouros. Mas a grande dúvida ainda é quando será dado sinal verde para ingresso de animais e carne com osso vindos do Rio Grande do Sul. Kazmierczak admite que o Estado avançou nas medidas de combate aos focos da doença, surgidos em abril. Só que a velocidade no sacrifício dos animais infectados é considerada lenta. Mais: o diretor da Cidasc insiste que os chamados animais contatos – situados na mesma propriedade – deveriam ser abatidos. Uma vantagem é indicada: não foram registrados novos focos, além dos 21 com laudo clínico. Certo é que um dirigente da indústria pecuária gaúcha telefonou esta semana para a Cidasc atrás de detalhes sobre a instalação de corredores sanitários na divisa entre os dois Estados. Kazmierczak avisou: nada à vista ainda.

 
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