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 | 17/03/2001 20h54min

Dornelles dá prazo para definição sobre forma de pagamento

Para CNI, governo deve arcar com a conta

A solução final para o pagamento da correção de R$ 40 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referente aos planos Collor I e Verão terá que ser encontrada na próxima semana. O ministro do Trabalho e Emprego, Francisco Dornelles, afirmou que, se o acordo não for fechado até quarta-feira, depois das reuniões que terá com sindicalistas e empresários, caberá ao presidente Fernando Henrique Cardoso a palavra final. O ministro adiantou que o presidente quer que o problema seja resolvido até o fim da próxima semana. Dornelles disse estar otimista, mas explicou que só poderá resolver o problema dentro de seus limites. Até agora, já está acertada com os sindicalistas a fonte dos recursos que vai cobrir R$ 30 bilhões dos R$ 40 bilhões necessários para pagar a correção do FGTS. A discussão de onde vai sair o dinheiro para cobrir o débito dos outros R$ 10 bilhões vai acontecer na próxima semana. Na terça-feira, o governo voltará a se reunir com representantes das centrais sindicais. Na quarta-feira pela manhã, será a vez do encontro com os representantes dos empresários. Pelo acordo parcial firmado entre governo e trabalhadores, esses 75% dos recursos serão pagos pelos empresários. A maior parte, R$ 20 bilhões, sairá de uma contribuição de 1% sobre a folha de pagamentos das grandes e médias empresas e do aumento de 40% para 50% sobre a multa que incide sobre as demissões sem justa causa, calculada em cima do valor depositado no Fundo. Os empresários não gostaram da medida. As confederações empresariais, lideradas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) – presidida pelo deputado Carlos Eduardo Moreira Ferreira - vão levar ao governo proposta que exclui empresas e trabalhadores de arcar com o ônus direto do pagamento da correção das contas do FGTS. Pela proposta, todo o dinheiro sairia dos cofres da União e dos recursos do próprio fundo. O presidente Fernando Henrique já admitiu pagar parte da dívida – que hoje soma R$ 40 bilhões –, mas não detalhou montante.

 
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