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 | 28/04/2009 12h46min

Tite rejeita favoritismo do Inter: "Não gosto deste joguinho"

Técnico diz que isso é coisa de quem quer transferir a responsabilidade para o adversário

O sempre comedido Tite demonstrou claramente sua insatisfação com o amplo favoritismo atribuído ao Inter para o enfrentamento com o Náutico pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Em entrevista coletiva concedida nesta terça, em Recife, onde o time enfrenta o Náutico às 21h50min de quarta, o técnico comentou a situação atestada até pela imprensa pernambucana, que chama o Inter de "bicho-papão".

— Isso é para as pessoas que querem transferir um pouco da responsabilidade. Não preciso citar exemplos de CSA, Americano, União Rondonópolis na primeira partida... Sei da responsabilidade do jogo de amanhã e da importância dele para o Inter. Respeito todos os adversários, mas não gosto que fiquem fazendo joguinho de favorito pra cá, favorito pra lá. O melhor se apresentará dentro de campo.

Tite acha que a Copa do Brasil é propícia para o surgimento de zebras, mas não se arriscou a prever se, neste ano, outra equipe se juntará a CSA e Americano entre os pequenos que desbancam grandes.

— É a característica da competição. São 180 minutos decisivos, a margem de erro é muito pequena, não se pode ter um desempenho individual abaixo da média. A efetividade tem que ser boa, a disciplina tem que ser boa, temos que permanecer com 11 jogadores — acredita.

Para o primeiro jogo contra o Náutico, Tite fez um desafio ao seu time: melhorar o desempenho fora de casa. Não é de hoje que o Inter vai bem em casa, mas passa grandes dificuldades longe do Beira-Rio. Nos Aflitos, palco do jogo de quarta, o Inter nunca venceu o Náutico. Mas também nunca perdeu — foram sete empates em sete partidas, segundo o pesquisador Paulo Fortunato.

Na partida desta quarta, que será transmitida ao vivo pela RBS TV para o Rio Grande do Sul, o técnico espera que o Inter repita os grandes jogos que fez contra Boca Juniors, Chivas Guadalajara e Estudiantes, entre outros, em 2008.

— A equipe precisa crescer neste aspecto e se impor fora de casa, como não foi no Brasileiro, com exceção dos últimos jogos, mas como foi na Sul-Americana. Então o time tem referências positivas e negativas dele mesmo. Não dá para fugir de uma coisa verdadeira, é um dado estatístico — admite Tite.

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