| 14/04/2009 07h10min
Não se está dando a dimensão correta para a façanha que Tite está prestes a alcançar. Para rememorar: se vencer a Taça Fábio Koff, Adenor Bacchi terá erguido a taça deste ano, pelo Inter, depois de conquistá-la em 2000 com o mesmo Caxias adversário do domingo e, no ano seguinte, pelo Grêmio. Não é só isso, embora não seja pouco. É bem mais.
Um rápido mergulho no tempo empresta aos dados estatísticos contornos de proeza. Se chegar lá, Tite o fará no aniversário dos 90 anos de campeonato. O primeiro título foi do Brasil-Pe, em 1919. Terá superado alguns nomes consagrados. Francisco Duarte, o Teté, antes de ganhar quatro Gauchões com o segundo Rolo Compressor, nos anos 50, vencera em 1935 pelo Farroupilha. Ricardo Díaz festejou com o
Grêmio Santanense, em 1937, e o Inter, em 1942. Mas nenhum dos dois levou
taças para a Baixada.
Celso Roth, Sérgio Moacir Torres Nunes, Cláudio Duarte, Rubens Minelli, Otacílio Gonçalves, a lista de técnicos campeão pela Dupla Gre-Nal é respeitável. Tite não seria o mais ganhador. Nem o mais importante: este posto é para sempre de Oswaldo Rolla, o Foguinho, inventor do futebol gaúcho. Mas talvez Tite seja o mais vencedor pelo contexto. Conquistou orações no Beira-Rio mesmo após ter se identificado com o Grêmio em um passado recente. Fez a festa no Interior em tempos de abismo econômico em relação aos clubes da Capital.
Não é tão absurdo assim afimar que Tite está a um passo de tornar-se o técnico mais vencedor em 90 anos de Gauchão, sobretudo se o fizer de forma invicta.
Reservas na Libertadores pode ser só malandragem
O técnico uruguaio do Universidad de Chile, Sérgio Markarián, admitiu usar reservas contra o Grêmio,
amanhã, já que no domingo tem clássico contra o Colo-Colo pelo Torneio
Apertura. Pode até ser, mas é duro de acreditar. Reservas na Libertadores, quando uma das mágoas do Universidad é justamente aturar o rival Colo-Colo como único campeão chileno no torneio, em 1991? Me parece mais a velha malandragem uruguaia entrando em campo para desmobilizar o inimigo.
Primeiro Porto Alegre, depois o Brasil num estalar de dedos, em seguida Milão, Itália, Europa. E, agora, Ásia. Não é exagero dizer que Alexandre Pato, 19 anos, caminha para se tornar a maior celebridade do planeta bola. Prova disso é o frenesi dos japoneses.
Na edição deste mês, Pato inunda a capa da World Soccer Digest, uma das mais importantes revistas sobre futebol do país. Detalhe: aparece festejado por
Beckham. O metrossexual inglês, objeto de fascínio dos orientais, virou coadjuvante de Pato. São nove páginas só
para ele, com direito a fotos até em frente aos beliches dos alojamentos do Beira-Rio.
Hoje, o camisa 7 do Milan é o melhor e mais eficiente atacante brasileiro em atividade na Europa. Curiosamente, só participou de seis jogos pela Seleção Brasileira. Está na hora de Pato ganhar sequência na equipe de Dunga, que já manifestou especial carinho pelo ex-jogador do Inter. Só ele tem potencial para ocupar o trono vago desde Ronaldo Fenômeno. Mais ninguém.
Aí está Leandro dos Santos de Jesus, o baiano de 23 anos tantas vezes criticado no Grêmio, em momento celebridade no conceituado L'Equipe, da França, diário com tiragem média de 800 mil exemplares na Europa. Não importa se boa parte do interesse esteja no apelido do brasileiro, uma referência ao também volante Claude Makelele, durante anos titular da seleção francesa. Na matéria, o Makelele do Grêmio jura que recebeu sondagens do Monaco e do Bordeaux, mas o Palmeiras pediu dinheiro demais por ele. Que momento.
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