| 13/04/2009 07h10min
Só não se pode dizer magoado porque sua paixão pelo Grêmio talvez não permita espaço para mágoa. Mas o maior ídolo da história azul está triste. Não apenas por ser o Plano B para o lugar do técnico Celso Roth. Até agora, Renato Portaluppi não foi procurado oficialmente, mesmo depois de emitir todos os sinais possíveis acerca do seu desejo de assumir o cargo. O motivo central da tristeza de Renato — que não é pouca, posso assegurar — é outro.
Renato crê que partiu de algum canto do Olímpico a informação de que sua volta estaria condicionada ao pagamento à vista da dívida de R$ 1,1 milhão. No fim dos anos 90, o clube recorreu a Renato para saldar antigos débitos. O ex-jogador atendeu ao apelo e, em troca, recebeu parte dos passes de
Ronadinho e de Tinga. Ainda não foi ressarcido e aceitou entrar no
condomínio de credores criado na gestão do presidente Paulo Odone para receber a longo prazo.
Renato suspeita que a informação vazou do Olímpico como forma de os dirigentes se justificarem aos olhos da torcida, cujo amor pelo herói de Tóquio é incondicional. Não está descartada, inclusive, uma entrevista coletiva na qual Renato daria a sua versão sobre o episódio.
Uma final para 90 anos de história
Pode não ser uma final formal, mas é como se fosse. Nem o mais maluco torcedor da falange Grená, tradicionalíssima organizada do Caxias, duvida que o favoritismo está instalado com toda a justiça no Beira-Rio.
Até empate no domingo, em casa, com vitória nos pênaltis, dá o título da Taça Fábio Koff ao Inter. Com tanta superioridade técnica, reforçada pelos desfalques do Caxias — o expulso Mika e os emprestados Muriel e Daniel —, só há uma forma
de o Caxias pensar em revogar a festa colorada por antecipação. É tentar algo pelo
alto.
Mesmo nos 4 a 0 sobre a Ulbra, ontem, os zagueiros do Inter perderam por cima para o trio Lê, Tatá e Léo Dias. Se Tite arrumar este problema durante a semana, já dá para ajeitar espaço na sala de troféus, no Gauchão de número 90 da história.
Uma vez confirmado pelo Grêmio, o consagrado Paulo Autuori deve ter vida longa no cargo. Senão, vejamos.
Celso Roth resistiu à eliminação para o Atlético-GO na segunda fase da Copa do Brasil do ano passado. Em seguida, caiu nas quartas-de-final do Gauchão diante do Juventude. Por fim, manteve-se firme feito a Estátua da Liberdade mesmo perdendo o Brasileirão após estar 11 pontos à frente do São Paulo e terminar três atrás.
Se Roth, que é Roth, teve respaldo durante um ano e dois meses, Autuori pode tornar-se a versão brasileira de Sir Alex
Ferguson, no Manchester United desde 1986. Ou não?
Giro pelo mundo
Robinho vira reserva no Manchester City
Por opção do técnico Mark Hughes, Robinho ficou na reserva contra o Fulham, ontem (foto acima). Ele e Elano, aliás. Robinho entrou no segundo tempo, aos 20 minutos, quando o City perdia por 2 a 1. Resultado final: derrota de 3 a 1, em casa. Faltando seis rodadas para terminar o Campeonato Inglês, o seu time está a 8 pontos da zona de rebaixamento, na 11º colocação, distante inacreditáveis 33 pontos do líder Manchester United. Se no Real Madrid ele já reclamava da reserva, imagine o que vem por aí.
Tudo
bem que as luvas do goleiro Tim Weisen, do Werder Bremen, entregam que é futebol — Campeonato Alemão, Werder x Bayer Leverkusen — , mas é tanta cara feia e olho fechado que pode parecer rugby. Nem só de golaços vive o mundo da bola na Europa, decididamente.
Não que eu entenda algo de moda. Ao contrário. Mas a camiseta do glorioso Estrela Amadora (os jogadores estão de costas, na foto acima), adversário do Porto pelo Campeonato Português no fim-de-semana, não está mais para fantasia de ala de escola de samba? Imagine como deve ser o uniforme reserva.
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