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Conteúdo: Catarinense 2009  | 09/01/2009 07h10min

Silas compara treinamento exaustivo do Avaí ao do Bope

Preparador físico Emerson Buck é o Capitão Nascimento do Leão

Maurício Frighetto  |  mauricio.frighetto@diario.com.br

Às 7h, trabalho físico; às 10h, treino com bola; às 16h, correria novamente, e o cansaço fica estampado no rosto dos atletas. Mais de 12 horas depois, com pequenas variações no cronograma, termina a rotina de trabalho dos jogadores em Gramado (RS), cidade onde o Avaí faz a pré-temporada. E o que os azurras sentem à noite?

— Não se sente nada, desmaia — disse o meia Odair.

O técnico Silas comparou ao curso do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), que faz um treinamento exaustivo e ficou conhecido no filme Tropa de Elite. Quando os policiais não aguentavam mais o esforço, o capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura, desafiava:

— Pede pra sair!

O capitão Nascimento do Avaí é o preparador físico Emerson Buck. Bem mais sutil, usa até de psicologia esportiva para incentivar os atletas. Como está há mais de um ano no clube, conhece as características de cada jogador. Sabe que alguns precisam de elogios, outros, de desafios. 

— Tem o jogador que reclama de cansaço. Então eu digo que ele está bem e que pode se poupar. Mas ele vai lá e faz todos os exercícios — contou Buck.

Trabalho repete o esquema de 2008

O preparador físico planejou a pré-temporada semelhante a do ano passado. No início, os jogadores trabalham em três períodos. O objetivo é que os atletas aumentem o preparo físico rapidamente para enfrentarem os primeiros jogos do Catarinense. Depois, serão trabalhadas, com mais ênfase, outras capacidades, como a força muscular. 

O preparo físico foi considerado um dos pontos fortes da equipe no ano passado. De acordo com Buck, não houve uma queda de rendimento na equipe e o número de lesões também foi considerado baixo.

— Como o grupo praticamente se manteve, conseguimos comparar com a apresentação do ano passado. Eles chegaram melhor fisicamente agora. O clube que consegue manter a comissão técnica já sai ganhando. É a mesma filosofia de trabalho, e dá para fazer um controle e orientar os atletas nas férias.

Antes de sair em férias, os jogadores receberam algumas dicas. Foi solicitado que fizessem uma corrida, caminhada familiares ou um futebol com os amigos. Atividades lúdicas que não se caracterizassem como treinamento físico. Esta sexta-feira é o último dia que os atletas trabalham em três períodos.

— O trabalho está duro, está pesado, mas eu não vi ninguém reclamando a ponto de desistir. É uma espécie de Bope. Os outros clubes trabalham forte também. Mas não podemos pensar nisso. Temos que trabalhar forte — definiu o técnico Silas.

 
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