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 | 06/03/2008 05h33min

Presidente colombiano promete não repetir operação contra as Farc

Uribe disse que momento é difícil para seu país e que conversou com quase todos os governantes da região

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, se comprometeu nesta quarta-feira a não repetir uma operação como a que matou no sábado passado o considerado número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.

Uribe esteve reunido esta noite com diretores de meios de comunicação colombianos, agências e correspondentes estrangeiros no Palácio de Nariño, sede da presidência. Na ocasião, voltou a assumir toda a responsabilidade pela operação militar do sábado, na qual Raúl Reyes e outros cerca de 20 guerrilheiros morreram em território equatoriano.

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira em Washington uma resolução pactuada por Colômbia e Equador que estabelece que Bogotá violou a soberania e integridade territorial do Equador nessa operação, e os princípios do direito internacional.



— Aceitamos a resolução da OEA e assumo a responsabilidade — afirmou Uribe, que em seguida pediu franqueza nas relações entre os países e defendeu uma solução diplomática para a crise.

Uribe reconheceu que a Colômbia pode encontrar dificuldades por causa de sua intervenção em território equatoriano, e afirmou que este é um momento difícil para o país, mas se mostrou convencido de que no futuro "será bom" para a Colômbia. Ele afirmou ter conversado nos últimos dias tinha com quase todos os governantes do continente, com a União Européia e com os secretários gerais da ONU, Ban Ki- moon, e da OEA, José Miguel Insulza, para apresentar seus argumentos.

Para Uribe, a morte de Raúl Reyes não prejudica um possível acordo humanitário para libertar os seqüestrados das Farc em troca de guerrilheiros presos.

— Raúl Reyes era um obstáculo para o acordo humanitário e para negociar a paz — disse.

O presidente rejeitou que seu governo seja belicista, mas insistiu em que seu dever é proteger a vida de 43 milhões de colombianos" o que o obriga a atuar com determinação contra o terrorismo.

EFE
 
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