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 | 05/03/2008 14h54min

OEA deve dar resposta rápida sobre crise para não perder credibilidade, diz Amorim

Crise teve início no sábado, após operação militar colombiana em território equatoriano

O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, disse que espera, ainda nesta quarta-feira, uma decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a crise diplomática entre o Equador e a Colômbia.

— A credibilidade da OEA depende da rapidez de uma resposta para a crise — afirmou o ministro, depois de participar de reunião de cerca de uma hora com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Rafael Correa, do Equador.

Amorim disse que falou com o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, instando para que se encontre uma solução rápida para preservar a credibilidade da organização. Na tarde de hoje, o Conselho Permanente da OEA prossegue com reunião iniciada ontem para discutir a crise na região.

O Brasil propôs a criação de uma comissão de investigação para tratar do caso. Amorim ressaltou que a OEA é a melhor instância para esse tipo de apuração, mas não descartou a possibilidade de a investigação ser feita fora da organização, caso esta não aceite a sugestão brasileira.

 

Encontro presidencial

Segundo o chanceler brasileiro, o encontro dos dois presidentes foi amistoso: Lula manifestou solidariedade a Correa, cujo país foi invadido na semana passada por forças militares da Colômbia. O brasileiro também reiterou a disposição do país de ser um facilitador no processo de paz.

— Nosso objetivo não é ser mediador, é obter a paz. O Brasil se sente ameaçado indiretamente por um conflito na região — observou Amorim.

De acordo com o ministro, Lula, assim como aceitou prontamente a reunião com Correa, se colocou disposto a receber o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, quando este quiser. Embora Uribe tenha manifestado interesse em se encontrar com Lula, ainda não definiu uma data. O presidente brasileiro também sugeriu a Correa mediar um encontro entre os dois, mas o equatoriano rejeitou a idéia.

A crise entre o Equador e a Colômbia teve início no sábado, quando, em uma operação militar, o Exército colombiano invadiu território equatoriano e matou integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Um dos mortos foi o porta-voz e segundo homem mais importante das Farc, Raúl Reyes.

AGÊNCIA BRASIL
 
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