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Troca de insultos marca debate entre presidenciáveis

Ciro e Serra passaram maior parte do tempo pedindo direto de resposta

A troca de insultos entre José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS) marcou o debate dos candidatos à Presidência, na noite desta segunda-feira, 2 de setembro, na Rede Record. Tecnicamente empatados em segundo lugar nas últimas pesquisas de opinião, Ciro e Serra passaram todo o debate pedindo direito de resposta, alegando ter sido ofendidos, e acusavam um ao outro de destemperados.

Perto do final do programa, quando o mediador Boris Casoy concedeu um direito de resposta a cada um, Luiz Inácio Lula da Silva reclamou porque os dois estavam monopolizando o debate com as trocas de acusações. A platéia se manifestou e o jornalista avisou que a partir daquele momento não concederia mais direito de resposta.

Logo no início, ao questionar Serra, o candidato do PPS partiu para a ofensiva. Antes de perguntar por que os brasileiros deveriam acreditar que o tucano criaria 8 milhões de empregos, Ciro perguntou por que Serra gastava milhões de reais numa campanha sórdida.

– Não estamos fazendo nenhuma campanha sórdida. Você é especialista em fazer acusações. Se você chama um aliado seu de aborto da natureza, foi você quem disse. Um presidente tem de tomar muito cuidado entre o que diz e aquilo que faz – devolveu.

Na réplica, Ciro afirmou que o tucano editou a fita com a gravação na qual ele chamou um ouvinte de "burro".

Serra foi fustigado por todos os adversários e chegou a acusar Lula e Ciro de estarem fazendo uma "tabelinha" para prejudicá-lo. A promessa de criar 8 milhões de empregos foi ironizada pelos adversários, que em diferentes momentos apontaram o aumento do desemprego no governo Fernando Henrique Cardoso.

Em tom de deboche, Anthony Garotinho (PSB) pediu que Serra desse o endereço de onde os trabalhadores podem se apresentar para conseguir os empregos prometidos no seu programa eleitoral, já que o atual governo ainda tem quatro meses pela frente. A todo momento, Serra reclamava.

Dirigindo-se a Garotinho, Lula perguntou sobre a má qualidade da saúde e a volta das epidemias como a dengue. Garotinho respondeu que o problema decorreu das demissões dos chamados mata mosquitos.

– Se fez muito marketing, se gastou muito em propaganda. Saúde é prevenção não adianta correr depois que o estrago está feito.

Mais tarde, referindo-se ao assunto, Serra reagiu:

– Nessa questão da dengue, ninguém é inocente. Os governos estaduais e as prefeituras também têm culpa.

O debate se iniciou com os candidatos respondendo a uma pergunta única: "se eleito, o que o senhor vai fazer para resolver o problema da segurança no país?". Serra prometeu criar o Ministério da Segurança. Lula disse que sua plataforma é agir em dois níveis: combater os que já estão na criminalidade, por meio de uma secretaria de Segurança Pública, com ações coordenadas com os Estados, e investir na geração de empregos. Ciro prometeu ampliar o efetivo da Polícia Federal e Garotinho afirmou que o crime tem duas vertentes, a delinqüência e o crime organizado, que deve ser combatido com inteligência".

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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