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 | 29/08/2002 08h18min

Cúpula pró-Ciro define reação

Candidato deve passar a revidar ataques de Serra e usar vantagem de alguns aliados nos Estados

A cúpula da campanha do candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT) ao Palácio do Planalto esboçou nesta quarta-feira, 28 de agosto, as primeiras ações para tentar reverter a queda nas pesquisas de intenção de voto.

Enquanto debatem se deve haver uma postura mais agressiva em relação aos adversários Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB), os correligionários de Ciro foram unânimes no ataque ao Ibope, cuja pesquisa apontou os resultados menos favoráveis ao candidato.

– Isso é fraude, fraude. Estão armando essa jogada de pesquisa para fraudar na urna eletrônica – disse o deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), que forma com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) a elite da tropa de choque de Ciro.

Jefferson, ACM e o presidente nacional do PPS senador Roberto Freire (PE), cerraram fileira brandindo as pesquisas do CNT/Sensus e do Vox Populi, contra os números apresentados pelo Ibope. Pelo Sensus, Ciro caiu de 28,6% para 25,5%, uma variação bem menor do que a do Ibope onde o candidato perdeu cinco pontos percentuais. Segundo o Ibope, Serra avançou seis pontos, mas pelo Sensus a ascensão foi de 13,4% para 14,7%.

– Não se pode negar que houve uma queda de Ciro, mas não foi como o Ibope imaginou. Houve um avanço de Serra, mas não foi também como o Ibope colocou. O Ibope forçou para dar um alento à candidatura Serra, porque senão seria o momento de jogar a toalha – disse Freire.

Jefferson anunciou que a suposta manipulação será "denunciada ao mundo":

– A denúncia começou hoje. Vamos sentar o pé na jaca.

Mais comedido, ACM se limitou a comparar os resultados das pesquisas. O ex-senador, porém, foi o mais explícito na necessidade de haver uma resposta mais agressiva de Ciro em relação a Lula e Serra (leia entrevista nesta página). Freire, contrário aos ataques aos demais concorrentes, defendeu a aproximação de Ciro às candidaturas bem-sucedidas aos governos estaduais. Esta deverá ser uma das medidas da coligação no Rio Grande do Sul, um dos Estados onde a aceitação do candidato registrou as maiores quedas. Também em São Paulo, o desempenho de Ciro mostrou-se enfraquecido.

– Vamos aproveitar o bom momento e a boa performance do Britto (Antônio Britto, candidato do PPS ao Palácio Piratini), um candidato de centro-esquerda, uma força progressista. Em São Paulo, vamos mobilizar a Força Sindical – afirmou o senador.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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