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 | 02/08/2002 08h31min

Lula defende mudanças na economia

Ao visitar um centro de crianças carentes mantido pela Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nessa quinta, dia 1º, uma mudança imediata da política econômica do governo. Segundo Lula, o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será paliativo, caso não haja a recuperação de crédito do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e a aprovação da minirreforma tributária no Congresso para desonerar a produção e acabar com o efeito cascata de alguns impostos.

– Gostaria que nós procurássemos outro remédio que não fosse o FMI porque, se pegarmos US$ 10 bilhões ou US$ 15 bilhões agora, esse dinheiro pode durar só quatro ou cinco meses, se o governo não fizer o que precisa ser feito – disse.

De acordo com Lula, o Executivo precisa admitir que “a única saída agora é mudar o modelo econômico”.

– Se você está na linha do trem e vê que o trem está vindo, seja esperto e saia desse trilho – disse.

Os apelos por uma ação imediata do governo para lidar com a crise foram reforçados pelo candidato a senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Além das medidas sugeridas por Lula, Mercadante indicou outras propostas que a legenda vê como prioritárias na atual situação:

– O Brasil precisa negociar o restabelecimento de linhas de crédito comercial, que nem nas moratórias dos anos 80 foram cortadas como estão sendo agora.

Ao falar sobre a experiência do Centro Francisco Solano Trindade, que atende a 53 crianças carentes com projetos culturais e de lazer, além de dar ocupação e ajuda financeira para as mães dos beneficiados, Lula ironizou a equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso.

– Seria maravilhoso se o presidente da República pegasse toda sua equipe econômica e visitasse pelo menos umas 20 experiências como essa para que ela percebesse que o Brasil não é apenas especulação, não é apenas agiotas nem quem manda os dólares para fora – afirmou.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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