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Concordata da WorldCom afeta mercado financeiro em todo o mundo

Empresa pedirá empréstimo de US$ 2 bi para manter operações

O pedido de concordata da gigante de telecomunicações WorldCom, controladora da Embratel, e as suspeitas de ligação do Citibank com a quebra da Enron provocaram a queda dos índices das bolsas de valores em todo o mundo nesta segunda-feira, 22 de julho. A Bolsa de Nova York recuou 2,93% para 7.784,44 pontos, o pior nível desde outubro de 1998, no auge da crise russa. No Brasil, o dólar atingiu cotação recorde no Plano Real, de R$ 2,905, e a Bolsa de São Paulo (Bovespa) despencou 6,52%, fechando abaixo de 10 mil pontos pela primeira vez desde agosto de 1999. 

A concordata da WorldCom, a maior da história dos Estados Unidos, agravou o pessimismo nos mercados internacionais e chamou a atenção para a delicada saúde financeira dos bancos norte-americanos, que bancaram o crescimento das empresas agora envolvidas em escândalos contábeis. Desde dezembro passado, Enron, Xerox, Merck, Adelphia, Global Crossing, Arthur Andersen, entre outras, admitiram erros em seus balanços ou práticas indevidas de seus executivos, em prejuízo dos acionistas.

Em Nova York, o presidente e executivo-chefe da WorldCom, John Sidgmore, disse que a reorganização da companhia deverá durar de nove meses a um ano. No domingo à noite, a companhia entrou com pedido de concordata na Justiça para conseguir reestruturar a dívida estimada em US$ 41 bilhões. No fim de junho, a empresa admitiu uma fraude de US$ 3,85 bilhões nos balanços de 2000 e 2001. Ao recorrer ao capítulo 11 da Lei de Falências, a empresa passa a contar com a ajuda dos credores. Isso já permitiu à WorldCom conseguir um acordo para obter um crédito de US$ 2 bilhões.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou nesta segunda acalmar os norte-americanos com um argumento comum em países emergentes. Disse que os "fundamentos da economia são sólidos". Bush também defendeu a permanência no cargo do secretário do Tesouro, Paul O'Neill, que está sendo pressionado por integrantes do Parlamento e da mídia a renunciar por causa de sua incapacidade de lidar com a crise de confiança dos investidores.

No Brasil, além do cenário internacional, a queda da Bovespa e a alta no mercado de câmbio também foram influenciadas por rumores de nova pesquisa eleitoral, que foi divulgada no final do dia. O candidato tucano, José Serra, caído ainda mais na preferência do eleitorado, com nova subida de Ciro Gomes (PPS). O governista ficou com e 14% das preferências, contra 27% do candidato da Frente Trabalhista. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua em primeiro, com 35% dos votos.

 
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