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 | 23/06/2002 16h19min

Semana é decisiva para as coligações estaduais

O mistério sobre a composição das chapas que vão disputar as eleições majoritárias em Santa Catarina só vai acabar quando já for conhecido o Campeão Mundial de Futebol, no dia 30 de junho. Embora a demarcação dos campos ideológicos da disputa seja quase histórica, a escalação dos times ainda depende de acertos táticos muito menos óbvios que o 3-5-2 da Seleção Brasileira. Neste campeonato - cuja semi-final está marcada para o dia 6 de outubro, com possibilidade de returno no dia 27 - a regra ficou clara na véspera.

Os partidos ainda adaptam-se aos efeitos da verticalização das coligações nacionais. O PMDB do candidato ao governo Luiz Henrique da Silveira, por exemplo, conseguiu alinhar-se com o PSDB, reproduzindo no Estado a aliança em torno da candidatura presidencial do tucano José Serra. A decisão, contudo, tem jeito de gol contra para setores da cúpula tucana estadual, que desejam permanecer abrigados no governo do candidato à reeleição Esperidião Amin (PPB).

O governador, que só aos 45 minutos do segundo tempo, conseguiu convencer o PPB a abrir uma vaga ao Senado para os tucanos, tenta empatar com o adversário - que já conta com Leonel Pavan (PSDB) na dobradinha com Casildo Maldaner (PMDB) para o Senado -, levando a decisão para os pênaltis na convenção tucana do dia 29. A possibilidade de reverter o placar depende fundamentalmente da decisão da cartolagem tucana. Nesta segunda-feira, o presidente nacional do PSDB, José Aníbal, desembarca em Florianópolis para discutir o assunto com setores que rejeitam a aliança.

Se no campo adversário, Amin tenta embaraçar o resultado, dentro de casa divide com o PFL os problemas para escalar o time. O deputado federal Hugo Biehl (PPB) alega que foi convocado há mais de ano para defender a Mais Santa Catarina e nem pensa em desistir da vaga que, na sua definição, já nem pertence exclusivamente a si, mas ao partido. Mesmo que os tucanos mantenham a palavra empenhada com o PMDB sem criar o problema da substituição, também há disputa para as duas vagas do PFL. O PT, que largou com o time principal de consenso, vai ter que, no último prazo, escolher o vice de José Fritsch, pressionado pela verticalização que colou o PL na sua escalação.

ADRIANA BALDISSARELLI E RICARDO RIEVERS / DIÁRIO CATARINENSE
 
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