Nem a ausência do presidente nacional do PSDB, José Aníbal (SP), impediu que o pré-candidato do PMDB, Luiz Henrique da Silveira, transformasse o encontro desta sexta-feira, dia 21, no Clube Paula Ramos, na Capital, em prova de que a formalização da aliança com os tucanos para disputar o Palácio Santa Catarina é irreversível.

A coligação só será oficializada nas convenções simultâneas do PSDB e do PMDB, em Florianópolis, no próximo sábado. Mas, nesta sexta, na presença de aproximadamente 500 militantes, as cúpulas dos dois partidos deram a verticalização da aliança nacional – em torno do presidenciável José Serra (PSDB-SP) e Rita Camata (PMDB-ES) – como prato feito em Santa Catarina.

O cardápio agridoce começou a ser definitivamente digerido na reunião festiva que começou com duas horas de atraso, quando chegou ao clube o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, e durou outras duas horas. A acidez de tucanos, como o presidente estadual, Vicente Caropreso, e o deputado Jorginho Mello, foi oferecida ao PMDB em meio ao barulho açucarado da charanga providenciada pelo pré-candidato ao Senado, Leonel Pavan (PSDB), e das falas de reencontros históricos como as do empresário tucano Dalírio Beber, cotadíssimo para suplente de Casildo Maldaner (PMDB), e do prefeito de Joinville, Marco Tebaldi.

O pré-candidato do PMDB ao governo, Luiz Henrique da Silveira, mestre-cuca paciente que há 14 anos cozinha, a partir de Joinville, a aliança com os tucanos, em discurso emocionado que durou quase uma hora, classificou aquele como "um dos momentos mais felizes destes 35 anos de vida pública". Alternou seu discurso entre elogios ao presidente Fernando Henrique e ataques ao governador Esperidião Amin (PPB), a quem o tempo inteiro denominou "o homem".