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Dólar fecha com maior cotação do Plano Real a R$ 2,84

Risco-país já ultrapassa os 1.700 pontos básicos

A turbulência do mercado financeiro verificada nos últimos dias agravou-se nesta sexta-feira, 21 de junho, quando o dólar fechou com a maior alta do Plano Real, a R$ 2,84. Com alta de 2,52% em relação ao valor do dia anterior, a cotação no final do pregão igualou-se ao pico de 21 de setembro de 2001, quando as bolsas ainda operavam sob os abalos dos atentados aos Estados Unidos e a moeda norte-americana chegou a ser vendida por esse valor.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sofreu a mesma influência de perdas e operou em forte baixa, principalmente à tarde, fechando o volume de negócios (R$ 709.863.526,00) em -4,68%. O risco-país, medido pelo banco de investimentos JP Morgan, também bateu recorde na semana e ultrapassou os 1.750 pontos básicos. O risco Brasil só fica atrás do da Argentina (6.106 pontos básicos).

A instabilidade do mercado nesta sexta já era prevista pelos analistas, cujas projeções estão baseadas fundamentalmente na decisão da agência de classificação de risco Fitch em rebaixar o rating (conceito) de longo prazo em moeda estrangeira de diversos bancos brasileiros de "BB-" para "B+".

Nesta quinta, a Moody's Investor Service, uma das três principais do mundo, já havia mudado de "estável" para "negativa" sua avaliação sobre a perspectiva da dívida do Brasil representada por bônus, notas e depósitos bancários em moeda estrangeira. 

Outros motivos apontados como possíveis variáveis de peso neste momento de crise no mercado são o quadro eleitoral, bem como a situação da Argentina.

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, estão reunidos com banqueiros no Hotel Transamérica, em São Paulo. Eles foram à Capital paulista a convite da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). O encontro da entidade reúne os principais executivos dos bancos nacionais e estrangeiros. Malan e Fraga aproveitam a reunião para passar mensagem do governo sobre a instabilidade do mercado financeiro. Segundo a equipe econômica, os bancos podem ajudar a administrar a forte turbulência dos últimos dias. Não há, no entanto, garantia que desse encontro sairá pacto para frear a alta do dólar, do juro e do risco Brasil.

 
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