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 | 06/06/2002 22h23min

PF poderá ajudar no caso de jornalista sumido

Tim Lopes desapareceu domingo em uma favela

O ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, disse nesta quinta-feira, 6 de junho, que, por determinação sua, a Polícia Federal colocou-se a disposição da polícia do Rio para auxiliar na elucidação do desaparecimento do jornalista da Rede Globo, Tim Lopes, 51 anos.

Lopes desapareceu domingo na favela de Vila Cruzeiro, na Penha. Ele estava no local fazendo uma reportagem sobre bailes funks supostamente promovidos por traficantes. Na segunda-feira, a polícia fez buscas no local e encontrou restos de um corpo carbonizado.

Gaúcho que foi para o Rio com oito anos, Lopes havia ganho um Prêmio Esso por uma reportagem sobre a feira de drogas no Complexo do Alemão, outra favela do Rio. Reale Júnior afirmou que o caso do jornalista demonstra a necessidade de manutenção de força-tarefa que já conseguiu "elementos de informação" que poderão viabilizar a tomada de ações futuras para combater a criminalidade no Rio.

Nesta quinta, a polícia do Rio fez novas incursões em favelas da Penha e do Complexo do Alemão na tentativa de localizar o jornalista. Em uma operação, policiais da 22ª Delegacia da Polícia Civil e da Coordenadoria de Operações Especiais (Core) da Polícia Civil encontraram no alto do morro da Caixa D`água, vizinho da Vila Cruzeiro, pedaços de uma ossada humana enterrada em uma cova. O inspetor Daniel Gomes, da 22ª DP, disse não acreditar que a ossada seja do jornalista porque o corpo estaria enterrado há mais tempo. Para ele, o corpo é de uma vítima dos traficantes da região.

Em outra incursão, policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar utilizaram cães farejadores na tentativa de localizar um corpo, que seria de Lopes, na Favela Nova Brasília, mas nada foi encontrado. A família de Lopes entregou roupas do repórter à polícia para facilitar as buscas com cães farejadores em favelas. Um filho de Lopes e o irmão do jornalista, Argemiro Lopes, tiveram amostras de sangue recolhidas. O material será utilizado no exame de DNA, a cargo do laboratório Sonda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O exame deverá indicar se as cinzas e fragmentos de uma mandíbula e dentes encontrados segunda-feira na Vila Cruzeiro são de Lopes. O laudo deverá ficar pronto em 15 dias. 


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