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Tarso e Pepe reconhecem que aceitaram apoio do PL em 2000

Os prefeitos da Capital, Tarso Genro, e de Caxias do Sul, Pepe Vargas, admitem que aceitaram apoio do PL durante a eleição majoritária de 2000. Os dois se opõem à coligação PT-PL na eleição deste ano. No segundo turno das campanhas de Tarso e Pepe, o deputado federal e coordenador político da Igreja Universal do Reino de Deus, Bispo Rodrigues (PL-RJ), apareceu na propaganda gratuita do PT em rádio e TV.

Os prefeitos afirmam que teriam recebido apoio de setores “de esquerda” do PL. Na época, Rodrigues – um dos 10 homens fortes da Universal e representante da bancada evangélica no Congresso – admitiu que o apoio do PL abria caminho para a transferência dos votos da comunidade gaúcha da igreja ao PT. Já o presidente do PL no Estado, deputado federal Paulo Gouveia, dizia que a Universal demonstrava “vocação para a esquerda”.

Até então, a igreja evangélica não tinha nenhum representante nos legislativos municipais do Estado, e seus candidatos estavam distribuídos em várias siglas. Hoje, a direção estadual do PL se opõe à coligação com o PT. Segundo Pepe, o apoio do PL foi baseado na postura oposicionista que alguns setores do partido demonstravam na Câmara dos Deputados.

– Recebi com satisfação as manifestações de apoio do deputado Gouveia, na época. O PL vota conosco em alguns pontos, mas o conjunto do partido não sustenta essa posição – afirmou Pepe, que não acredita na possibilidade de uma “aliança global” com o PL, para as eleições de outubro.

Tarso reconheceu que o apoio de setores do PL foi relevante em seu retorno ao Paço Municipal, mas identificou diferença entre coligar-se e receber apoio dos liberais.

– Não há identidade programática entre o PT e o PL, isso é fato. Não faço um juízo pessoal de valores, mas essa coligação é politicamente inviável – disse o prefeito de Porto Alegre.

Pepe ressaltou que, apesar dos apoios registrados no segundo turno, a doutrina do PL sempre entrou em contradição com a ideologia petista. Para ele, o PT nacional deveria considerar que o bloco de oposição dentro do PL é pequeno.

– O ideal seria que esses setores fossem maioria dentro do PL, mas infelizmente não é todo o partido que passou a negar os ideais liberais – ressaltou.

A aliança com o PL vem sendo costurada pelo presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo presidente nacional da sigla, deputado José Dirceu (SP). A cúpula do PT sonha em ter o senador José Alencar (PL-MG) como vice de Lula.

FERNANDA CRANCIO
 
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