| 07/02/2011 11h23min
O incêndio que começou às 7h da manhã de hoje na Cidade do Samba, no centro do Rio de Janeiro, já havia sido controlado por volta das 11h, horário em que o Corpo de Bombeiros combatia pequenos focos para depois iniciar o trabalho de rescaldo.
Segundo o relações públicas do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Rocha, a Defesa Civil fará uma vistoria para avaliar as estruturas dos prédios.
— Foi um incêndio de grandes proporções, difícil por conta do material existente nesses galpões. São alegorias, adereços, carros de plástico, de isopor e papelão. Enfim, material que produz grande quantidade de fogo e de fumaça. As chamas evoluem de maneira muito rápida — disse.
Rocha informou também que o Corpo de Bombeiros não registrou nenhuma vítima e que apenas uma pessoa foi atendida por inalação de fumaça.
O responsável pela 4ª Delegacia de Polícia, na Central do Brasil, Daniel Mayr, disse que não há indícios de que o incêndio tenha sido criminoso. O delegado afirmou, no entanto, que será aberto um inquérito policial e que será feita uma perícia no local assim que os prédios forem liberados pela Defesa Civil.
No local estiveram 20 carros dos bombeiros e cerca de 80 homens de sete quartéis. Para a corporação, a maior dificuldade em combater o incêndio foi a impossibilidade de entrar nos barracões, que já estão com a estrutura comprometida.
Foto: Felipe Dana, AP
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou à Cidade do Samba por volta das 10h30min para conferir os estragos provocados pelo incêndio. Ele afirmou que Portela, União da Ilha e Grande Rio desfilarão neste carnaval e que a prefeitura vai empenhar recursos para que as alegorias e fantasias destruídas sejam refeitas.
— Vamos buscar nos próximos 30 dias ajudar de todas as formas possíveis. É óbvio que não dá para recuperar em um mês o trabalho de um ano inteiro, mas elas vão entrar na avenida de qualquer jeito. Com a raça dessa gente e a força do carnaval carioca — disse o prefeito ao chegar.
Paes, que é portelense e costuma desfilar na bateria da agremiação, também sugeriu que a disputa do Grupo Especial deste ano não tenha escolas rebaixadas para o Grupo de Acesso. Ele destacou, no entanto, que a decisão caberá à Liesa.
— Minha opinião é que não devemos ter nenhuma escola caindo (para o Grupo de Acesso) no carnaval deste ano. Essas escolas não têm capacidade de competir com as outras — defendeu o prefeito, que está reunido neste momento com a direção da Liesa e com presidentes de escolas de samba.
Confusão
Integrantes da Portela foram encaminhados para o 4.º Distrito Policial (DP), na Praça da Bandeira, no Rio. Segundo policiais do 5.º Batalhão da Polícia Militar (PM), os homens se envolveram em um tumulto ao tentar furar o bloqueio da PM e dos bombeiros e entrar no barracão da escola. De acordo com o 4.º DP, eles vão prestar depoimento.
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AGÊNCIA ESTADO E AGÊNCIA BRASIL
Carros alegóricos e fantasias foram retirados dos barracões por membros das escolas
Foto:
agência estado e agência brasil
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