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 | 07/02/2011 10h28min

"Me joguei do quarto andar e caí, não sei como, num carro alegórico", diz sobrevivente

Aderecista da Grande Rio Saimon Garcia, 26 anos, conseguiu escapar das chamas na Cidade do Samba

"Acordei por volta das 7h e já estava tudo pegando fogo. Olhei para a televisão, vi as imagens da cidade do samba e ouvi o repórter dizer que a Grande Rio era uma das atingidas. Comecei a gritar, fiquei no maior desespero, mas não consegui descer pelas escadas. Então me joguei do quarto andar e caí, não sei como, num carro alegórico". O relato é do aderecista Saimon Garcia, 26 anos, que sobreviveu ao incêndio de hoje e concedeu entrevista ao site na Folha.

O incêndio que atingiu às 7h a Cidade do Samba, no centro do Rio de Janeiro, ainda não havia sido controlado até por volta das 10h30min. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a maior dificuldade em combater o fogo é a impossibilidade de entrar nos barracões, que já estão com a estrutura comprometida.

Parte de uma parede do barracão da Grande Rio desabou e há possibilidade de ocorrer a mesma coisa com a estrutura de outras escolas. No local estão cerca de 20 carros dos bombeiros e 80 homens de sete quartéis.

Segundo o assessor de imprensa da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Vicente Tatoli, os barracões da Portela, União da Ilha, Grande Rio e da própria Liesa foram atingidos. Os barracões das escolas de samba abrigam os carros alegóricos e as fantasias. No da Liesa são desenvolvidos projetos sociais.

Com informações da Agência Estado.

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