| 27/04/2008 18h07min
Com um gol de costas de Edu Sales, logo aos nove minutos de jogo, o Figueirense derrotou o Criciúma por 1 a 0, em Florianópolis, e largou na frente na briga pelo título do Campeonato Catarinense. Com o resultado, o alvinegro pode empatar no duelo de volta diante do Tigre, no próximo domingo, dia 4, no Estádio Heriberto Hülse. Depois da derrota no Scarpelli, apenas a vitória interessa ao tricolor, que precisa somar os três pontos (não há saldo de gols) para levar a disputa à prorrogação e, se necessário, à cobrança de pênaltis.
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Diante de um Orlando Scarpelli praticamente lotado, com 15 mil pessoas, as duas equipes fizeram um bom jogo, que primou pela parte técnica, com poucas faltas violentas e uma arbitragem de Wagner Taderlli que passou despercebida.
Em relação às equipes, o técnico do Tigre, Leandro Machado, entrou em campo com um time sem surpresas. O mesmo não se pode dizer do rival Figueirense, de Alexandre Gallo, que começou o jogo com os meias Marquinho e Fernandes, além dos volantes Elton e Diogo, que atuou improvisado na lateral direita. Com a entrada de Fernandes, Rodrigo Fabri ficou no banco.
O jogo
A partida começou vibrante no Scarpelli, com pressão total do Figueirense, que entrou em campo com a necessidade de fazer um bom resultado diante da torcida. Logo aos três minutos, Maquinho arriscou um chute forte de fora da área, que Zé Carlos espalmou para a linha de fundo. No minuto seguinte, Uendel desperdiçou uma chance à queima-roupa de Wilson.
Aos oito minutos, começou a se desenhar o gol do Figueira. Edu Sales fez fila na entrada da área e cavou a falta perto da meia-lua. O capitão Cleiton Xavier foi para a cobrança e, na confusão dentro da área, a bola bateu nas costas de Edu Sales, estufando a rede: 1 a 0 para o Figueirense.
Depois do gol, o Figueirense seguiu impondo o ritmo do jogo. Aos 20 minutos, Edu Sales tocou de letra para Wellington Amorim, porém o belo passe foi forte demais e Zé Carlos conseguiu afastar com um chutão.
Aos 25, uma bobeira da zaga quase resultou no gol do Tigre. César Prates não segurou Beto, que arranjou espaço para chutar com perigo da entrada da área. Quatro minutos depois, Edu Sales perdeu uma das melhores chances da partida. Ele recebeu uma bola enfiada de Cleiton Xavier, ficou cara a cara com Zé Carlos, mas, inacreditavelmente, mandou para fora.
Grande fase de Zé Carlos
Depois, aos 32, mais uma tentativa do Figueirense. Fernandes rolou na medida para Cleiton Xavier, que bateu com o lado de dentro do pé em direção ao ângulo do gol. Zé Carlos, mostrando que está em grande fase, fez ótima defesa.
No minuto seguinte, o arqueiro do Tigre voltou a ter trabalho. Welligton Amorim fez um bonito drible de corpo, bateu com força contra a meta do Criciúma mas, novamente, a bola parou em Zé Carlos.
Enquanto o ataque pressionava, a
defesa alvinegra voltou a se atrapalhar. Aos 34, Felipe Santana tentou
sair jogando e perdeu a bola para Jael. Ele tocou para o chute de Zulu e a sobra ficou com Beto. Na tentativa do atacante do Tigre, Wilson fez ótima defesa e impediu o empate dos visitantes.
Segundo tempo
Na etapa final, as duas equipes retornaram sem alterações. Porém, se Gallo pretendia esperar um pouco mais para mexer na equipe, foi forçado a fazer isso logo aos oito minutos. O volante Elton caiu no gramado após uma trombada e, sentindo a coxa, acabou dando lugar para o meia Rodrigo Fabri.
Assim que entrou, o meia já tentou puxar a responsabilidade para si com um chute forte de fora da área, aos 10 minutos. Contente com a oportunidade recebida, Fabri, no entanto, acabou a partida com motivos para lamentar. Com pouco tempo dentro de campo, levou cartão amarelo — o seu terceiro — e está fora da grande final, em Criciúma.
Enquanto o Figueirense começava a aparentar cansaço, o Criciúma não desistiu do gol. Aos 16 minutos, Wilson fez uma defesa espetacular de um chute à queima-roupa de Beto, que perdeu uma das grandes oportunidades da partida.
Se do outro lado o Tigre mostrava disposição, no alvinegro outro problema muscular atrapalhou a equipe. Também aos 16, Asprilla teve que ser substituído por Leandro.
Aos 29 minutos, o Tigre voltou a levar perigo à área alvinegra. Luiz André avançou pela direita e cruzou na área. Bruno Perone — que entrou no lugar de Marquinho — afastou de cabeça.
A partida seguiu sem a criação de outras boas chances de gol, já que Gallo procurou deixar o time mais atrás. As oportunidades alvinegras se resumiram a chutes de fora da área, enquanto o Tigre tentava criar, mas esbarrava nas ótima defesas de Wilson.
Cleiton Xavier também sentiu
Para complicar, aos 37, o meio-campo alvinegro ficou literalmente capenga. Cleiton Xavier sentiu a perna, mas teve que ficar dentro de campo, pois as três alterações permitidas já haviam sido realizadas por Gallo.
Já o Criciúma ainda tinha gás. Leandro Machado só começou a mexer na equipe na reta final da partida — trocou Marcelo Rosa por Adriano e Luiz André por Emerson Ávila. Tanto que aos 47, o Tigre ainda estava incomodando Wilson. Em sua última tentativa de balançar a rede, o time chegou com Beto, mas a bola novamente parou na boa defesa do goleiro do Figueira.
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