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 | 30/03/2008 18h06min

Avaí vence o Figueira, derruba tabu e segue na briga no Estadual

Fabrício e Bebeto marcaram na vitória azurra por 2 a 0 no Scarpelli

Ana Rosa  |  ana.rosa@rbsonline.com.br

Em um clássico eletrizante, com muita pegada, cartões e confusões, o Avaí levou a melhor por 2 a 0 sobre o seu arquirival Figueirense dentro do Orlando Scarpelli, no duelo deste domingo, dia 30, válido pela oitava rodada do returno do Catarinense. Com o placar, o Leão da Ilha comemorou triplamente: além de bater o alvinegro, segue na briga pelo título do returno e quebrou um tabu que já estava próximo de completar 20 anos. Há quase duas décadas que o Avaí não vencia o Figueira pelo Estadual dentro do estádio do adversário.

Os autores dos gols foram o zagueiro Fabrício, que balançou a rede aos 31 minutos do segundo tempo, e o atacante Bebeto, que anotou aos 48 da etapa final. Depois da partida, houve confusão entre os jogadores das duas equipes, por conta da comemoração de Bebeto, que pediu para a torcida alvinegra fica queita. Para completar, Marquinhos fez a dança do créu. No final, Bebeto e Asprilla – que bateu no atacante – acabaram expulsos.

— Na Copa Santa Catarina eu já fiz um gol contra o Figueirense e falei que faria um gol hoje. Foi um presente para agradecer esta torcida maravilhosa — disse Fabrício, também expulso, aos 40 minutos do segundo tempo.

Além de Bebeto e Fabrício, pelo lado azurra, e de Asprilla, pelo alvinegro, o jogo teve outro expulso. Logo aos 16 minutos do primeiro tempo, o Figueirense ficou sem o estreante meia Elton, que deu uma cotovelada em Marquinhos. Fabrício, que já tinha um amarelo, foi para o vestiário mais cedo por conta de uma falta por trás em Bruno Santos.

Classificação

Com a vitória, o Avaí agora é o segundo colocado na classificação, com 17 pontos. Três a menos que o líder Criciúma. Campeão do turno, o Figueirense estacionou nos 15 pontos e aparece na terceira posição.

Primeiro tempo

Muitas faltas, discussões e poucos lances concretos de gol. Assim foi o primeiro tempo do clássico no Scarpelli. Os primeiros minutos foram de pressão azurra, enquanto o time da casa se postou atrás. Antes de um minuto de partida, Vandinho avançou com perigo dentro da área alvinegra e teve o chute interceptado por Asprilla.

Aos oito minutos, Diogo cruzou em direção a Cleiton Xavier e, desta vez, o pé “interceptador” foi o de Fabrício.

Expulsão de Elton

A partida pegada, porém morna, esquentou para valer aos 16 minutos. O provocativo Marquinhos tentou segurar a bola numa cobrança de lateral. O esquentado Elton acertou o rosto do meia azurra com o cotovelo e foi expulso pelo árbitro Luiz Orlando de Souza. O resultado foi muita confusão em campo. Por causa da reclamação, Asprilla foi amarelado. Marquinhos também ganhou uma advertência do árbitro.

O jogo recomeçou fervendo. Aos 19, Rodrigo Galo bateu cruzado e exigiu boa defesa de Wilson. Depois do lance, muitas e muitas faltas. Tanto que o Bruno, Cássio e Emerson levaram amarelos pelo lado do Leão antes do intervalo.

Apesar da vantagem numérica, o Avaí não conseguiu balançar a rede no primeiro tempo. As chances azurras se resumiram a uma bola mal chutada, para fora, por Válber, e a uma falta cobrada na barreira por Marquinhos.

Quem assustou foi o Figueira. Aos 37 minutos, Rodrigo Fabri cobrou escanteio fechado, ela caiu na área para Felipe Santana, que tentou empurrar para dentro da rede, sob a trave. A bola do zagueirão alvinegro só não entrou porque Bruno salvou em cima da linha.

No final do primeiro tempo, o técnico Silas resolveu pôr um pouco mais de ofensividade no Avaí. Ele sacou o amarelado zagueiro Cássio para a entrada do atacante Bebeto.

Segundo tempo

Na etapa final, quem voltou diferente foi o time do Figueira. Gallo sacou Rodrigo Fabri, que voltou a sentir a contusão na paturrilha, para dar vez a Marquinhos. O técnico alvinegro voltou a alterar a equipe, aos nove minutos, com a entrada do atacante Edu Salles para a saída do zagueiro Bruno Peroni. Era o tudo ou nada para o alvinegro.

O jogo ficou eletrizante. Aos quatro minutos, o azurra Bruno avançou pela direita e bateu espremido, perto da linha de fundo, para a defesa de Wilson. Aos 10, o Avaí obteve uma grande chance. Rodrigo Galo fez um lindo drible em César Prates e chutou meio de cobertura contra a meta alvinegra. O golaço só não aconteceu porque a bola foi forte demais e saiu pela linha de fundo.

Aos 13, César Prates cruzou da esquerda, Wellington Amorim fez o cabeceio, mas mandou fraco, direto para a linha de fundo. Cinco minutos depois, Leo Matos alçou a bola na área e Edu Salles, de voleio, bateu à queima-roupa para uma defesa milagrosa de Eduardo Martini. Aos 25 minutos, Gallo deu sua última cartada. Sacou o cansado Wellington Amorim para a entrada de Bruno Santos.

Aos 26, Cleiton Xavier ficou com a sobra fora da área e bateu rasteiro, com muito veneno, à direita de Martini. O Avaí respondeu rápido, com um chute de Bebeto pela direita, para uma grande defesa de Wilson. Na seqüência, Vandinho chegou atrasado e por pouco não empurrou a bola para dentro da rede.

Gols e confusão no final

A pressão do Avaí resultou em gol aos 31 minutos. Marquinhos cruzou do lado direito, a bola voou na área e quem apareceu para estufar a rede foi o zagueiro Fabrício. Era o fim do tabu e o retorno do Leão à briga pelo título do returno. Atrás no placar, o Figueira, heróico e com um a menos desde o começo do jogo, se esforçou para chegar ao gol azurra.

Expulsão de Fabrício

Os times ficaram em igualdade numérica aos 40 minutos. O autor do gol, Fabrício, foi expulso, pois já tinha um amarelo e levou o vermelho após uma falta por trás em Bruno.

As esperanças alvinegras foram definitivamente soterradas nos acréscimos. Aos 48, em contra-ataque rápido, Bebeto entrou sozinho na área e, à queima-roupa de Wilson, não desperdiçou, selando placar final em 2 a 0.

Depois do gol, confusão. Bebeto comemorou em direção à torcida alvinegra e fez sinal de silêncio para a arquibancada. Para piorar, Marquinhos fez a dança do créu. Os ânimos se acirraram dentro de campo, os jogadores se estranharam, e Bebeto e Asprilla também foram expulsos antes do apito final.

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