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 | 27/02/2008 20h35min

Bombeiros visitam aposentado ferido por bomba

Trio ainda não tinha conversado com Ivo Costa após o acidente no estádio do Tigre

Os três bombeiros que socorreram o aposentado Ivo Costa, 62 anos, atingido por uma bomba no Estádio Heriberto Hülse, no domingo, enquanto assistia à partida entre Criciúma e Avaí, visitaram-no nesta quarta-feira no Hospital São José, em Criciúma, onde permanece internado. Ele teve a mão direita amputada e deve receber alta somente na sexta.

A própria equipe que prestou os primeiros socorros teve a iniciativa de fazer a visita. Embora acompanhassem a recuperação de Ivo pela imprensa, o trio não tinha conversado com ele pessoalmente. Mesmo sedado e um pouco abatido, o aposentado agradeceu e se mostrou feliz com a presença dos bombeiros. 

— Fiquei sensibilizado porque ele tem idade para ser o meu pai, que eu já perdi. Eles têm até uma semelhança física — comentou o soldado Albino João Pedro, 41 anos, que estava acompanhado do soldado Alisson Luiz da Silva e do cabo Vanderlei Pereira

O soldado pegou o endereço de Ivo e pretende visitá-lo mais vezes, para acompanhar de perto sua recuperação. Ele foi um dos responsáveis por estancar a hemorragia no braço do aposentado, que, apesar da gravidade do ferimento, manteve a tranqüilidade em todos os momentos. 

— Eu fiquei surpreso porque ele parecia muito tranqüilo mesmo. Na situação em que ele se encontrava, é comum as pessoas ficarem em pânico. Era de se admirar. Ele só fez perguntas sobre a quantidade de sangue — recordou.

Susto

Albino comentou que chegou a acompanhar alguns passos de Ivo momentos antes da explosão. A guarnição, responsável pela prevenção dos acidentes no estádio Heriberto Hülse, estava cinco degraus acima de onde o torcedor assistia à partida. O soldado chegou a perceber que ele apresentava dificuldades para se movimentar.

Logo após a explosão, os primeiros socorros foram prestados. De acordo com o bombeiro, o atendimento ocorreu exatamente da forma como teria que ser, obedecendo aos treinamentos de emergência. Apesar de já ter acompanhados outros casos de explosão, foi a primeira vez que ele viu uma situação dessas acontecer em um estádio.

— O que mais me assustou foi a cena do local. Ao lado dele, no lado esquerdo, momentos antes da explosão, havia três crianças com cerca de sete anos. Fiquei me perguntando o que poderia ter acontecido se a bomba tivesse um alcance maior.

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