Se é verdadeiro o adágio popular de que onde há fumaça, há fogo, no futebol, para cada indício do gênero costuma haver um incêndio florestal. Durante praticamente todo o dia de ontem, o Caxias viveu esta experiência. Entre o final da manhã e o início da tarde espalhou-se, à velocidade de uma fagulha em um rastilho de pólvora, o boato (rapidamente confirmado verídico) de que o Ipatinga-MG estaria sondando o técnico grená Gilson Kleina.

– Não há a menor hipótese de ele sair do Caxias – rechaçou o vice de futebol Marcus Vinícius Caberlon, apenas por volta das 20h de ontem, confirmando a primeira proposta emitida por um clube de Série A ao técnico grená.

Na verdade, aguardava-se um posicionamento oficial dos envolvidos para o final da tarde, após o treinamento no gramado suplementar do Centenário. Período designado pelo próprio clube para a entrevista coletiva de seu treinador.

Mistério no Centenário

Discretamente, Gilson e Caberlon saíram do estádio sem atender aos repórteres, que aguardavam na sala de imprensa, conforme determinado. Enquanto isso, aumentava a temperatura das especulações oriundas de Minas Gerais. Rádios de Ipatinga sustentavam o nome de Gilson como a tendência mais forte após o fracasso nas negociações com Roberto Fernandes, mantido pelo Náutico-PE.

Dirigentes grenás mantinham-se incomunicáveis e pelo menos uma fonte do clube mineiro já falava até em "salários acertados". Por fim, às 20h30min, Gilson formalizou publicamente sua permanência no Centenário.

– Tenho um projeto com o Caxias e pretendo mantê-lo até o fim do meu contrato. Nem levei a proposta do à diretoria, porque não sou de fazer leilão. Agora é manter os pés no chão para a disputa do Campeonato Gaúcho. Fico lisonjeado pela lembrança do meu nome, mas o importante é destacar que o Caxias, hoje, tem condições de segurar seus profissionais.

O Caxias volta aos gramados na próximo sábado, contra o Esportivo, no Centenário. O jogo está marcado para as 18h30min e vale a vice-liderança do Grupo 1.