| 15/02/2008 05h57min
Satisfeito com a contratação de Andrezinho, há cerca de um mês, o técnico Abel Braga não somou esforço às investidas da direção do Inter para repatriar Diogo Rincón da Ucrânia. E o homem que barrou o meia formado no Inter não tem medo de comparações:
— Ouvi dizer que o Inter estava atrás do Diogo Rincón, mas ele foi para o Corinthians. Responsabilidade eu tenho por estar no Inter. Tenho a confiança do treinador, e eu não tenho medo. Pelo contrário, acho que a vida é feita de desafios.
O desafio que pretende vencer logo é conquistar uma vaga no meio-campo titular do Inter:
— Para você ser titular, precisa de seqüência. Eu sou um jogador de grupo, mas também não vou ser hipócrita e falar que eu estou feliz em ficar no banco. Mas o ano é extenso, e teremos muitos campeonatos pela frente.
O meia conversou com zerohora.com após o treino da tarde desta quarta-feira. Em meio às brincadeiras dos companheiros que deixavam o
vestiário, Andrezinho contou sobre a experiência de jogar
na Ásia. Há quatro anos, Andrezinho foi transferido para a Coréia do Sul, onde precisou se lidar com a solidão e o frio intenso.
— Foi difícil como qualquer mudança. Ainda mais para um país como a Coréia, em que a cultura é completamente diferente da nossa — contou.
Passou poucas e boas por não saber o idioma. Certa vez, queria visitar um parque de diversões e acabou indo parar em um pequeno zoológico, a 50 minutos da cidade.
— Mas isso foi bom, porque fez com que estudasse o idioma. Hoje, se eu voltar para a Coréia, não passo este aperto.
Acostumado ao calor humano da torcida brasileira, o jogador diz que estranhou a timidez dos coreanos:
— O futebol é uma paixão
mundial, então (lá) os estádios estão sempre cheios, você ganhando ou perdendo. Não tem violência. (Mas) Isto
era uma das coisas que eu como brasileiro senti falta nestes quatro anos. Você está acostumado com o assédio dos torcedores. Você sente falta porque é gostoso você ser reconhecido, até mesmo na cobrança, porque isso faz com que você procure melhorar cada vez mais.
Há pouco mais de um mês morando no Rio Grande do Sul, Andrezinho diz que está à espera do frio para visitar Gramado.
— Já provei o chimarrão. O Clemer estava fazendo um dia, mas achei muito amargo. Falaram que no frio vocês tomam muito — sorriu.
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