| 15/01/2008 21h15min
Por mais de cinco anos, Guga preferiu ficar com a dor física no quadril a ter que dar o adeus às quadras. Não foi pelo dinheiro — sua fortuna é estimada em U$45 milhões —, nem pela vaidade. A dor do adeus é muito mais forte para ele, que desde pequeno se dedicou ao tênis.
Jogava com garra de campeão e treinava com tamanha dedicação e determinação, que Guga se tornou um atleta raro. Nosso eterno campeão do tênis não abandonou as quadras simplesmente porque jogar foi o que ele fez durante toda a vida. E sim, porque é o que ele tanto ama fazer.
O esporte retribuiu este sentimento com glórias, fama, admiração e fãs nos quatro cantos do mundo. Mesmo com uma estante cheia de títulos, Guga não se acomodou e manteve sua paixão entrando em quadra, dedicando-se à recuperação física, ao aperfeiçoamento técnico.
Lutando contra a aposentadoria, ele foi um guerreiro. Há quem diga que o melhor momento para o adeus às quadras fosse aquele em que ele ainda estivesse em alta. Para Guga, porém, o melhor momento de parar nunca chegou. Nem mesmo agora, que ele declara o adeus. É, na verdade, uma atitude sensata, embora em momento nenhum tenha sido desejada.
Guga não deixará de reinar no esporte brasileiro. Seja nas memórias, nas quadras públicas que servem de palco aos novos praticantes do tênis, nas competições que agregam centenas de crianças que sonham em um dia chegar onde ele, e só ele no país inteiro chegou.
Para relembrar dos principais momentos em que a bandeira brasileira esteve em evidência no tênis mundial, carregada pelo catarinense Gustavo Kuerten, o clicRBS preparou uma retrospectiva dos títulos mais importantes do tenista. Abaixo, os anos de Guga desde a primeira conquista de Roland Garros:
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