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 | 01/12/2007 08h50min

Arsenal confirma fama de visitante cruel e vence América

Time argentino venceu mexicanos por 3 a 2 na partida de ida da final da Sul-americana

Com mais uma atuação notável fora de casa, o Arsenal deu um grande passo para comemorar o maior título de sua história. Na madrugada deste sábado, o time argentino ignorou o lotado estádio Azteca, na Cidade do México, e derrotou o América por 3 a 2, na partida de ida da final da Copa Sul-americana.

O resultado faz com que o modesto time de Sarandí só precise de um empate ou até pode se dar ao luxo de perder por um gol de diferença, desde que não seja vazado mais de duas vezes, na decisão no estádio Avellaneda, em Buenos Aires, nesta quarta-feira, para levar a taça.

A partida de volta será disputada no estádio do Racing, já que o Julio Humberto Grondona, em Sarandí, não atende a exigência de capacidade exigida pela Conmebol para a final da Sul-americana.

Na decisão, o Arsenal comprovou a fama de amargo visitante. Foi o quarto triunfo do time fora de seus domínios. No único em que não venceu, empate com o River Plate, tratou de eliminar a tradicional equipe nas penalidades. Se tem um currículo invejável fora de casa, o Arsenal ainda não venceu quando foi o mandante.

Para vencer mais uma longe de seus domínios, o Arsenal contou com duas falhas bizarras da zaga rival, mas teve de superar a euforia do América, que abriu o placar logo aos cinco minutos, com o paraguaio Cabañas aproveitando cruzamento de Insúa para marcar.

Mesmo com o gol, o time argentino seguiu recuado em seu campo e explorou o contra-ataque para empatar. Aos 30, a zaga do América errou na marcação de uma cobrança de falta, deixou o volante Argüello para marcar o zagueiro Matellán, que não teve problemas para ganhar a disputa aérea e cabecear sem chances para o goleiro Ochoa.

Na etapa final, o América voltou melhor e, novamente, marcou no início da etapa. Aos oito, Castro dominou na direita, cruzou na raça para Cabañas, que se antecipou a Díaz e Matellán, fez bem o papel de pivô e rolou para Argüello encher o pé, acertando um lindo chute no ângulo direito de Cuenca.

Porém a festa dos mexicanos durou apenas três minutos. Em um erro gritante de Castro na entrada da área, a bola sobrou para Calderón, que tocou para o meia Alejandro Gómez acertar um chute rasteiro no canto de Ochoa.

Animado, o Arsenal seguiu explorando os erros do rival e, enfim, conseguiu a virada aos 20 minutos. Após um chutão da intermediária, o zagueiro Ricardo Rojas, do América, cabeceou a bola para trás e ela sobrou para Gómez. Ele ganhou na corrida de Castro e cabeceou na saída do goleiro. Castro ainda tentou afastar, mas acabou acertando um pontapé no rival.

A partir daí, o jogo ficou muito nervoso e só piorou aos 33, quando o árbitro expulsou o zagueiro Casteglione, do Arsenal, por agressão fora do lance de bola. O América ainda tentou o empate, mas não conseguiu finalizar bem e amargou assim a derrota em casa. Melhor para o Arsenal, que pode comemorar um título histórico.

GAZETA PRESS
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