| 10/11/2007 07h18min
É tão grande a carência do público por jogadores talentosos que bastou Nilmar jogar bem uma partida, na verdade menos de 90 minutos, para que a torcida do Inter se entusiasmasse e para que o jogador voltasse a ser cogitado até para a Seleção. Nesta condição, Nilmar passa a ser a grande atração do jogo desta tarde, no Beira-Rio, contra o Cruzeiro. Mais uma vez, porém, é preciso lembrar que ele não é um salvador da pátria, não joga sozinho e nem pode fazer milagres. Além disso, não é bom desconsiderar que do outro lado está um adversário de tradição, precisando da vitória e com qualificação suficiente para encarar qualquer rival.
Então, cabe respeitar o Cruzeiro, sem renunciar ao fator local. De um lado é importante que a torcida esteja motivada pelo retorno de Nilmar ao Beira-Rio, pois assim garante o apoio de que o time precisa. De outro, é preocupante tamanha expectativa sobre o jovem atacante, pois nem sempre ele poderá fazer o que fez contra o Vasco.
Abel tem
desfalques na defesa e no
meio-campo, mas faz questão de lembrar que conta com os seus três atacantes. É deles que o Internacional vai precisar mais para buscar os três pontos. Claro que não pode se descuidar atrás, ainda mais tendo que conter um centroavante como Roni, que está novamente em boa fase. Guardadas as proporções, ele é o Nilmar do Cruzeiro, com um estilo mais matador, pois arremata a gol de qualquer lugar e em qualquer condição. Além dele, o Cruzeiro tem outros jogadores de qualidade, como os volantes Charles e Ramirez.
E tem pretensões no Brasileirão, pois ainda luta por uma vaga na Libertadores.
Música
Mano Menezes, meu entrevistado desta tarde na Rádio Gaúcha (às 13h), fala com autoridade sobre futebol, mas não foge do debate sobre qualquer outro assunto. Procurei explorar o lado cidadão do treinador do Grêmio e fiquei bem impressionado com a sua cultura e com o seu senso de humor. Ao falar sobre música, por exemplo, perguntei-lhe qual
seria a sua preferida para ouvir na boca do
túnel antes do jogo de amanhã contra o São Paulo. Ele foi rápido na resposta e lascou um verso de Gonzaguinha:
— Eu acredito na rapaziada/ que segue em frente e segura o rojão/ eu ponho fé é na fé da moçada/ que não foge da fera e enfrenta o leão...
Pelo final, o verso serviria mais para um jogo com o Atlético Mineiro, mas não deixa de ser adequado para o confronto contra o campeão brasileiro.
Filme
Também falei com Mano sobre cinema. Ele se disse fã do filme Duelo de Titãs, com Denzel Washington, que já apresentou duas vezes para os jogadores do Grêmio como estratégia de motivação: antes de um jogo contra o Criciúma, e antes do confronto deste ano contra o Santos, na Vila Belmiro.
Final
Roni, autor de dois gols na vitória do Cruzeiro sobre o Flamengo na rodada passada, dá a sua fórmula para surpreender o Inter esta tarde: "A gente tem que encarar o jogo
como uma final de campeonato."
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