O Comitê Executivo da Fifa pode anunciar nesta segunda-feira, em reunião em Zurique, na Suíça, o fim do sistema de rodízio de continentes, que definiu as sedes das Copas do Mundo a partir de 1998. A entidade máxima do futebol mundial estuda várias propostas, incluindo a de um país de cada continente voltar a concorrer simultaneamente pela condição de sede do Mundial. Esta possibilidade agrada ao presidente da Fifa Joseph Blatter, que não esconde sua frustração de ter o Brasil como candidato único à Copa de 2014.

– O que está ocorrendo na América do Sul é longe do ideal. Não estamos em uma situação muito confortável – disse o mandatário, na última semana. – Temos apenas um candidato. Seria melhor três ou quatro, já que se trata da competição mais importante do mundo – reclamou.

Caso o sistema de rodízio fosse mantido, a Copa de 2018 deveria acontecer em um país da América Central ou do Norte. Quem dá total apoio a esta mudança de sistema que está próxima de acontecer é a Europa, que só receberia uma Copa em 2026 caso o rodízio continuasse.

A Inglaterra já anunciou que será candidata a sede de 2018 e suas chances aumentaram com a visita de Blatter a Londres, nesta semana.

– 'Este é um item que será discutido na segunda e na terça no comitê executivo da Fifa em Zurique. Definitivamente, se isso (fim do rodízio) acontecer, a Inglaterra, a Football Association of England (FA), representará uma candidatura muito forte – disse o presidente da Fifa na capital inglesa.

O primeiro-ministro Gordon Brown reforçou a candidatura do país e até nomeou o ministro dos Esportes, Richard Caborn, como responsável pela campanha da Inglaterra.

– Em 2008 serão mais de 50 anos depois de termos abrigados uma Copa do Mundo e seria uma grande oportunidade para o futebol do nosso país – disse Brown, lembrando que sua nação só sediou a Copa em uma ocasião, no ano de 1966.

A Inglaterra, porém, não terá vida fácil caso seja confirmado nesta segunda-feira o fim do rodízio de continentes. Rússia, China, Austrália e Estados Unidos aparecem como fortes candidatos a sede do Mundial de 2018, assim como Bélgica, Luxemburgo e Holanda, que podem apresentar um projeto conjuntamente.

GAZETA PRESS