Os jogadores peruanos Nolberto Solano e Flavio Maestri afirmaram nesta segunda-feira que não concordam com a idéia de o Peru enfrentar o Brasil na cidade de Arequipa, a 2,4 mil metros de altitude, pelas Eliminatórias da Copal de 2010, no dia 17 de novembro. A proposta é do presidente da comissão peruana de seleções, Juvenal Silva. Solano destacou que os atletas peruanos que jogam no exterior também seriam prejudicados pelos efeitos da altitude.

– Eu respeito a opinião de Juvenal Silva. Mas é preciso um pouco de ética antes de declarar essas coisas – comentou o volante do West Ham, da Inglaterra.

Para Solano, o ideal seria seguir jogando em Lima, capital peruana.

– Queremos continuar jogando no Monumental de Lima, que é um tremendo estádio. Ir à altura não é a solução – avaliou.

O atacante Flavio Maestri, do Alianza Lima, recorreu à ironia para lembrar que jogar na cidade andina exigiria um trabalho prévio de aclimatação dos jogadores.

– Já que no futebol somos um desastre, se não ganharmos na altitude vão nos levar para jogar à lua. Se a altura afetar os brasileiros, também vai nos prejudicar. Não sei que tipo de jogo seria – comentou.

O Peru pedirá que o jogo contra o Brasil seja disputado no estádio Monumental UNSA de Arequipa, a mais de mil quilômetros de Lima. Existe a possibilidade de uma seleção peruana convocar apenas jogadores de clubes peruanos.

– Os jogadores que estão no Peru já estão acostumados a jogar em diferentes cidades. Às vezes jogam em Cuzco, 3,4 mil metros acima do nível do mar, ou em Arequipa, a 2,5 mil metros. Seria uma boa opção, ao contrário dos que jogam na Europa – afirmou Juvenal Silva.

A seleção peruana foi duramente criticada pela imprensa e pelos torcedores nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias. O time empatou com o Paraguai em 0 a 0, em Lima, e perdeu para o Chile por 2 a 0, em Santiago.