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 | 21/05/2003 19h57min

Diretor Eric Lovey fica irritado com bagunça dos cartolas

A bagunça do futebol brasileiro deixou o diretor de futebol do Avaí Eric Lovey horrorizado. Suíço, veio de um lugar onde tudo funciona como um relógio para trabalhar em um país onde o esporte é dominado pela cartolagem. Por pouco, não pediu as contas.

A notícia de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Clube dos 13 querem paralisar o Campeonato Brasileiro por causa do recém-sancionado Estatuto do Torcedor foi a gota d'água. Eric acordou de mau humor nesta quarta, dia 21.

Uma espécie de ressaca pela informação que apavorou até os já calejados amantes do futebol no Brasil. E desabafou nos microfones da rádio CBN/Diário.

Disse que não agüentava mais a sucessão de trapalhadas no Brasileiro: a possibilidade de não realização da Série B, a irritante demora na formatação da competição, as constantes modificações na fórmula de disputa e na tabela e as intermináveis discussões sobre patrocínio e cotas de televisão.

Sobrou até para o presidente da Federação Catarinense de Futebol Delfim Peixoto Filho, alvo de críticas contundentes. Eric Lovey chegou a cogitar a possibilidade de deixar o Avaí.

E o trabalho dele no Leão não deve ter sido facilitado, realmente, pelas confusões da cartolagem. Afinal, o planejamento foi constantemente reformulado para ajustar a política de contratações à volatilidade das decisões da cúpula do futebol no país.

Ainda mais agora, que trouxe dirigentes da França para conhecer o Avaí, estava cheio de esperanças de exportar jogadores para a Europa e ainda por cima prestes a trazer mais um patrocinador para a Ressacada. Uma paralisação bagunçaria tudo.

Porém, à tarde, mais calmo, reuniu-se com o presidente avaiano João Nilson Zunino e decidiu permanecer no clube. Foi à Ressacada, conversou com o gerente de futebol Lúcio Rodrigues, reuniu-se com o ex-jogador João Antônio, supervisor do "time B", e evitou a imprensa.

Avisou que só falaria "mais tarde", protelou a concessão de entrevistas e saiu de fininho, sem falar com os jornalistas, e tampouco atendeu aos telefonemas. Já tinha falado demais e optou pelo silêncio. Um gesto, quem sabe, de suíço protesto à bagunça do Brasil.

As informações são do Diário Catarinense.

 
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