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 | 18/03/2008 12h45min

Tibete pede que chama olímpica não passe por seu território

Região formou comitê olímpico nacional e retirou solicitação para participar dos Jogos

Um autodenominado comitê olímpico tibetano, não-reconhecido por nenhuma entidade esportiva — entre elas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) —, afirmou nesta terça-feira que renuncia de sua intenção de participar como ente independente dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, e pediu que a tocha olímpica não passe pelo Tibete. A chama será acesa nas ruínas gregas de Olímpia, na próxima segunda-feira, e está previsto que chegue ao território tibetano em 19 de junho.

A iniciativa é vista pelo suposto comitê tibetano como "uma tentativa do governo chinês de usar os Jogos para destacar suas reivindicações sobre o Tibete e, diante dos atuais protestos, só pode ser considerada uma provocação", diz um comunicado proveniente de Lausanne, Suíça. O jogador de tênis de mesa Dominik Kelsang Erne reforçou o coro:

— Nós, os atletas tibetanos, não desejamos participar de Jogos construídos sobre o sangue e o sofrimento. Compreendemos plenamente as esperanças e os sonhos que todos os atletas levam para os Jogos, mas esperamos que os desportistas de outras nações não esqueçam a luta dos tibetanos e expressem sua solidariedade quando estiverem em Pequim.



No comunicado, o comitê diz que "retirou do COI sua solicitação para que uma equipe tibetana participe dos Jogos de Pequim". A organização internacional só admite os comitês olímpicos dos países reconhecidos pela comunidade internacional.

— Diante da força bruta usada pela China contra nossos compatriotas, não podemos em consciência tomar parte nos Jogos de Pequim — disse o presidente do autodenominado comitê olímpico tibetano, Wangpo Tethong.

EFE
 
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