| 18/03/2008 05h23min
O escritório do Dalai Lama negou ter fornecido qualquer tipo de apoio à revolta da semana passada em Lhasa, a capital do Tibete, e acusou a China de ter "reprimido" os tibetanos durante anos.
— Sua santidade já deixou claro que dará as boas-vindas a uma investigação internacional, inclusive com chineses, sobre as alegações do Governo da China sobre esse suposto apoio às revoltas — declarou por telefone o porta-voz do Dalai Lama, Chhime R. Chhoekyapa.
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, acusou o Dalai Lama de ter organizado as revoltas e de fomentar atos violentos.
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Tudo faz parte de uma campanha de desinformação. A China reprimiu o povo tibetano
durante anos, mas é preciso diálogo para conquistar nossa mente e nosso coração — acrescentou o porta-voz.
Chhoekyapa criticou o recurso à violência e reiterou a oposição do Dalai Lama "a qualquer ato violento".
— Sua santidade acompanha os eventos do Tibete da cidade indiana de Dharamsala (onde se encontra o Governo no exílio), e está muito triste — disse.
Segundo o governo chinês, 13 "civis inocentes" morreram nos distúrbios do dia 14 de março, nos quais manifestantantes em favor da independência do Tibete atacaram lojas e casas e foram reprimidos pela polícia. Os tibetanos no exílio dizem que mais de cem pessoas morreram nos protestos.
Terminou nesta madrugada o ultimato dado pelas autoridades aos instigadores das revoltas para que se entregassem, por isso agora a polícia procura "casa por casa" os rebeldes, segundo informaram grupos críticos a Pequim no Exterior.
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