A expectativa por um corte nos juros americanos levou a Bolsa de Valores de São Paulo a novo nível recorde hoje, o 41º do ano. O Ibovespa, principal índice, avançou 1,20% e fechou aos 65.044 pontos. A marca anterior, de 64.276 pontos, foi atingida na sexta-feira. No melhor momento do dia, quando também em Nova York as ações ampliavam ganhos, o Ibovespa chegou aos 65.670 pontos (em alta de 2,17%), sua nova pontuação máxima histórica.

Os ganhos de hoje refletiram o otimismo com a consolidação das expectativas de mais um corte de juro nos EUA, na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), desta quarta-feira. Se o Fed corroborar a aposta majoritária do mercado, de corte de 0,25 ponto porcentual, o apetite dos investidores estrangeiros por ações de companhias brasileiras tende a aumentar ainda mais, avaliam analistas.

Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou em alta de 0,46% e o Nasdaq obteve acréscimo de 0,47%, segundo dados preliminares.

Ações

As blue chips (ações de primeira linha) também colaboraram para os recordes da Bolsa. Petrobras PN subiu 2,43%, em reação ao preço do petróleo. A commodity atingiu hoje novo recorde em Nova York, a US$ 93,53 por barril.

Os papéis da Companhia Vale do Rio Doce também passaram por forte alta, em linha com a valorização de mineradoras nas bolsas ao redor do mundo. O setor avançou porque a escalada do petróleo e o dólar franco ante diversas moedas levou os investidores a uma maior procura por metais preciosos. Vale PNA ganhou 4,56%.

Depois da estréia histórica na sexta-feira, as ações da Bovespa Holding tiveram alguma realização de lucro e fecharam em baixa de 8,55%. Em seu primeiro dia de negócios, os papéis dispararam 52%.

Três novas empresas aderiram ao mercado de capital aberto hoje. As ações da operadora de planos de saúde Amil e da corretora de imóveis Brasil Brokers tiveram forte alta, de 16,21% e 13,68%, respectivamente. Já a incorporadora Helbor terminou o dia estável.