| 07/04/2011 13h31min
Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tabagismo é responsável por 30% das mortes por câncer de pulmão, uma porcentagem considerada alta que poderia ser evitada. O número de casos novos de câncer de pulmão estimado para o Brasil no ano de 2010 é de 17.800 entre homens e de 9.830 nas mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 18 casos novos a cada 100 mil homens e 10 para cada 100 mil mulheres.
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Conforme a oncologista Fernanda Nascimento, este não é o único malefício desta droga. “Ela também pode causar aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, impotência sexual e risco de abortamento nas mulheres grávidas. Além disso, existe uma maior chance de ter filhos com baixo peso e com defeitos congênitos”, informa. Os principais sintomas associados ao câncer de pulmão são: tosse, falta de ar, perda de peso, dor torácica e sangramento pela via respiratória. “Porém, a sintomatologia nos estágios iniciais da doença não é comum, o que faz com que este tipo de câncer seja diagnosticado em estágios avançados”, salienta a oncologista.
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Para prevenir, a mais importante e eficaz ação a ser realizada é o combate ao tabagismo. O cigarro é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos diagnosticados desta neoplasia está associado ao consumo de derivados de tabaco. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver este tipo de doença. O risco de câncer de pulmão aumenta de acordo com o número de cigarros fumados por dia e com a quantidade de anos gastos com este hábito.
Quanto ao tratamento, a especialista informa que, do ponto de vista terapêutico, as principais alternativas são: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Em alguns casos, será indicado a associação destes tratamentos”, destaca.
A pneumalogista Beatriz Moraes aponta alguns dos benefícios com a cessação do tabagismo. “Melhora o paladar, o olfato, a capacidade física geral e aumenta a autoestima; em minutos, a pressão arterial e a frequência cardíaca normalizam; em horas, o nível de monóxido de carbono retorna ao normal; em dias, reduz o risco de isquemia cardíaca e aumenta a capacidade respiratória; em semanas, melhora a circulação e, em meses, reduz as infecções respiratórias”, esclarece. Já no caso de pacientes com câncer, existe a melhora da sobrevida e da qualidade de vida, além da redução dos efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia.
Teste para fumantes:
Se você é fumante, faça o teste abaixo e descubra seu grau de dependência do cigarro:
1) Quanto tempo depois de acordar você fuma o seu primeiro cigarro?
(3) nos primeiros 3 minutos
(2) entre 6 e 30 minutos após acordar
(1) entre 31 e 60 minutos após acordar
(0) após 60 minutos
2) Acha difícil controlar a vontade de fumar em locais aonde é proibido fazê-lo?
(1) sim
(0) não
3) Qual o cigarro que lhe traz mais prazer?
(1) o primeiro da manhã
(0) os outros
4) Quantos cigarros você fuma por dia?
(3) mais de 30 cigarros
(2) a 30 cigarros
(1) 11 a 20 cigarros
(0) 1 a 10 cigarros
5) Você fuma mais freqüentemente pela manhã?
(1) sim
(0) não
6) Você fuma mesmo se estiver doente, de cama?
(1) sim
(0) não
Resultado:
Até 3 pontos: baixa dependência
De 4 a 7 pontos: dependência moderada
Mais de 7 pontos: dependência elevada
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