É dos carecas que elas gostam mais? Verdade ou não, a calvície masculina ou alopecia é uma das maiores preocupações dos homens. De acordo com a dermatologista Cristine Kloeckner Kraemer, a doença pode ser causada por fatores genéticos como a androgenética, relacionado a diversos outros fatores como a testosterona (hormônio masculino ), stress e outros. A calvície é consequência de alterações no folículo piloso e se essas alterações forem passageiras, o cabelo pode crescer novamente. Porém, se essas mudanças provocarem destruição da matriz capilar, pode ocorrer a alopecia permanente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 80% dos homens terão manifestado o problema até atingir 70 anos, assim como 30% das mulheres o terão até os 50 anos de idade.

As fases do crescimento do cabelo:
Fase Anágena: corresponde ao crescimento ativo do cabelo.
Fase Catágena: é o período em que o cabelo começa a morrer.
Fase Telógena: é onde o cabelo morto é empurrado por um novo fio anágeno 


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Nossos cabelos possuem de 80 a 90% dos fios na fase anágena, onde até 100 fios caem naturalmente  por dia. Nos homens, há uma enzima chamada 5-alfa-redutase, que transforma a testosterona em diidrotestosterona ou DHT. Este DHT que é o responsável pelo afinamento dos cabelos e a diminuição dos folículos que iriam gerar novos fios. Há vários tipos de calvícies como a traumática, a seborréica, a emocional e a areata, que ocorre em placas do couro cabeludo e pode evoluir para alopecia total.

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Os principais sinais de queda de cabelo são peripilares, onde pequenas manchas vermelhas aparecem no couro cabeludo, além do aumento de cabelos em almofadas ou travesseiros e a queda excessiva de fios ao se pentear. A dermatologista Cristine explica que o tratamento para a alopecia depende de caso para caso, mas geralmente é feito com medicações adequadas, uso de xampus próprios para estes casos, e ela conclui: “não são shampoo estéticos, aqueles que você compra nos supermercados. São produtos com indicação médica”, diz.  

A calvície feminina
Se a queda de cabelos preocupa os homens que geralmente não são muito vaidosos, imagine o que sentem as mulheres que sofrem com este problema. Baixa auto-estima, depressão e até mesmo desespero. A alopecia feminina pode ser causada por vários fatores como: uso de contraceptivos hormonais, estresse, anemia por deficiência de ferro, infecções e doenças da tireóide.

A calvície nas mulheres é muito comum, porém menos severa do que a masculina, pois o hormônio estrogênio protege contra a perda total dos fios. A doença pode aparecer após os 30 anos (cerca de 25% das pessoas do sexo feminino) e após a menopausa (50%). Um dos tratamentos para a alopecia feminina são os inibidores do hormônio DHT, além dos shampoos com vitamina B, que fornecem  proteínas necessárias para o crescimento saudável do cabelo.

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A dermatologista Raquel Bozzeto Machado, da Clínica Fina Estampa explica que ainda existem outros tipos de tratamentos, “eles podem ser shampoo, loções, cápsulas, apliques e até implantes capilares. Mas deve-se procurar o dermatologista para avaliar o melhor tratamento para cada caso”, diz.

No outono e no inverno, os cabelos caem muito mais do que nas estações mais quentes, onde caem aproximadamente 70 fios. As mulheres que fazem muita química nos cabelos, como tinturas, descolorações e escovas alisantes podem ter a estrutura capilar prejudicada e aumentar a queda dos fios.

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Posso ficar careca?
Dificilmente as mulheres ficam completamente carecas, mas isso pode acontecer em casos de maior intensidade e em função da idade avançada. Na menopausa, por exemplo, a alopecia pode se manifestar pois ocorre a diminuição dos hormônios femininos. O quadro pode se tornar intenso se a mulher tiver a síndrome dos ovários policísticos, que provoca aumento de peso e dos pêlos, irregularidades menstruais, dificuldade na ovulação e alguns problemas na pele.   

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