| 22/10/2005 15h28min
Quarenta fazendas do Estado do Paraná foram interditadas após a suspeita de focos de febre aftosa anunciadas nesta sexta, dia 21, inicialmente em quatro propriedades localizadas nos municípios de Loanda, Amaporã, Maringá e Grandes Rios. Juntas as propriedades têm mais de 4 mil cabeças de gado. Vinte animais apresentaram sintomas da doença.
O resultado dos exames fica pronto na terça, dia 25. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, há 90% de chance de os casos serem confirmados.
– Todas as medidas de interdição de propriedades rastreadas pelo governo do Estado já foram tomadas de acordo com as regras internacionais – assegurou Roberto Rodrigues.
Ele informou que o foco no Paraná tem origem na criação pecuária do Mato Grosso do Sul. Os animais suspeitos de contaminação pela aftosa vieram do Estado e foram comprados em um leilão em Londrina (PR).
Roberto Rodrigues informou ainda que o município de Toledo, no Paraná, também recebeu um grupo de animais do Mato Grosso do Sul para uma feira agropecuária. A feira já terminou e os animais estão isolados.
Segundo ele, dos 41 países que haviam colocado restrições à compra de carne brasileira até quinta-feira, 35 já haviam restringido também o produto vindo do Estado do Paraná.
O governo federal já notificou a suspeita para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), aos países vizinhos do Brasil e àqueles com os quais há relação comercial.
Rodrigues está reunido com técnicos do ministério para discutir o problema e o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, viajou ao Paraná para verificar quais serão as medidas adotadas no Estado.