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 | 18/10/2005 11h07min

EUA se contrapõem a pedido brasileiro de sanções na OMC

Governo brasileiro quer sancionar norte-americanos em US$ 1,037 bilhões

Os Estados Unidos se opuseram hoje ao pedido de sanções comerciais feito pelo Brasil à OMC por não terem eliminado ainda os subsídios ao algodão. Ao mesmo tempo, pediram que os juízes do organismo sejam os responsáveis por determinar a quantia do castigo.

A delegação dos EUA na OMC anunciou hoje que é contra o nível de suspensão das concessões, assim como outras obrigações e medidas propostas pelo governo brasileiro.

O Brasil pediu em 6 de outubro à Organização Mundial do Comércio (OMC) autorização para aplicar sanções comerciais de US$ 1,037 bilhão ao ano contra os EUA por não terem eliminado seus subsídios ao algodão, indicando que os norte-americanos não tinham retirado nem modificado esses subsídios dentro do prazo previsto, que vencia no dia 21 de setembro.

O Órgão de Solução de Controvérsias da OMC confirmou em março um ditame emitido em junho de 2004 por um grupo de especialistas que dizia que os subsídios que os produtores de algodão dos EUA recebem distorcem os preços dessa matéria-prima no mercado internacional.

Um diplomata brasileiro indicou que seu país ainda espera que a aplicação de medidas de pressão (contra os EUA) não seja necessária. No entanto, destacou que as estimativas feitas pelo Brasil em 2004 indicam que nesse ano o setor americano do algodão teria recebido a maior ajuda até esse momento, de US$ 4 bilhões.

Pelo lado americano, um diplomata disse que Washington também acredita que a disputa pode ser resolvida dentro dos procedimentos, disseram fontes comerciais. Elas acrescentaram que Washington ressaltou que o governo do presidente George W. Bush já propôs a redução dos pagamentos ao setor do algodão e que agora é o Congresso dos Estados Unidos que tem que decidir sobre o assunto.

A partir de hoje, disseram fontes da OMC, os juízes da OMC dispõem de um prazo de 60 dias para determinar qual é o nível adequado das sanções.

AGÊNCIA EFE
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