| 05/10/2005 18h15min
No terceiro dia de intervenções do Banco Central (BC), o dólar fechou com uma discreta alta de 0,31%, cotado a R$ 2,266 na compra e R$ 2,268 na venda. Os títulos da dívida externa tiveram baixa significativa, o que levava o risco-país brasileiro a subir 13 pontos no final da tarde, marcando 366 pontos centesimais. O Banco Central anunciou a compra de dólares no final da manhã, levando a cotação de venda à máxima de R$ 2,279 (+0,80%).
A constatação de que o BC havia comprado uma quantia simbólica de recursos fez a pressão arrefecer com relativa rapidez, conservando uma pequena alta até o fechamento. Na véspera, o BC havia comprado cerca de US$ 300 milhões, o que puxou o dólar com força. Oficialmente, o BC informa que adquire recursos no mercado para recompor reservas cambiais. Mas o mercado entende que a instituição busca evitar uma depreciação exagerada do câmbio, e um prejuízo aos exportadores. Ao mesmo tempo, o dólar em baixa é um grande aliado do governo na busca pelas metas de inflação.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) andaram na contramão do restante do mercado e fecharam perto da estabilidade, com leve indicação de baixa. O principal destaque do dia foi o IPC-Fipe de setembro, que apontou inflação de 0,44%, contra 0,20% em agosto. Segundo analistas, o mercado continua a apostar em um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a não ser que o IGP-DI, a ser divulgado na quinta-feira, também mostre aceleração da inflação.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,93% ao ano, contra 19,98% do fechamento de terça-feira. O DI de julho teve a taxa reduzida de 18,14% para 18,06% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 caiu de 17,66% para 17,61% anuais.
AGÊNCIA O GLOBO