| 29/09/2005 13h27min
Márcio Bittencourt já tomou uma decisão. Demitido do cargo de técnico do Corinthians e convidado para seguir no clube como auxiliar técnico, ele decidiu recusar.
– Não teria condição de ficar no Corinthians. Não quero ser uma pedra no sapato do Antônio Lopes – explicou, referindo-se ao novo comandante do time.
A preocupação do ex-treinador se justifica. Durante o tempo em que comandou o alvinegro, ele teve o melhor aproveitamento entre os últimos 19 técnicos do time. Márcio acredita que no primeiro vacilo do time sob o comando de Lopes, ele teria seu nome gritado pela torcida:
– Não é do meu caráter isso – afirmou o ex-técnico, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
O futuro de Márcio Bittencourt ainda está indefinido. Ele não descarta a possibilidade de trabalhar no futebol japonês, mas diz que não recebeu nenhum convite oficial:
– Eu gostaria muito de ir, já recebi um empresário que perguntou se eu gostaria de ir para o Japão. Tenho um irmão que jogou muito tempo lá, o Nenê, que no futuro será meu auxiliar técnico. Mas não há nenhum time ainda – declarou.
Se não acertar com nenhuma equipe para trabalhar ainda em 2005, Márcio vai aproveitar para descansar:
– Quero trabalhar agora. Se não der, vou esperar até 2006. Alguns clubes daqui pretendem me contratar para o Campeonato Paulista – revelou.
Seja qual for a decisão, ele já sabe que não terá problemas financeiros:
– Eu tinha um contrato com a diretoria do Corinthians e continuo recebendo salários até o final do ano – contou.
Apesar de ter confirmado a saída do clube, Márcio ficou na torcida durante o jogo contra o River Plate, na noite desta quarta. Ao final dos 90 minutos, o empate por 1 a 1 classificou o Timão, que tinha segurado empate sem gols em casa, ainda sob o comando de Márcio.
– Eu assisti ao jogo e fiquei torcendo para os meninos. Muita gente me criticou por colocar o time reserva no primeiro jogo, mas eu tinha certeza de que eles conseguiriam a vaga lá na Argentina – finalizou.
AGÊNCIA PLACAR