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 | 01/09/2005 16h15min

Condições de hospitais podem agravar tragédia do Katrina

Risco de epidemias é alto, com número indeterminados de corpos nas águas

A situação de milhares de pacientes nos hospitais do delta do Mississippi, região sul dos Estados Unidos, é cada vez mais crítica, e as condições sanitárias podem agravar a tragédia provocada pela passagem do furacão Katrina. Com 80% de Nova Orleans coberta pelas águas do lago Pontchartrain, os hospitais dessa cidade da Louisiana estão no limite de seu atendimento. Nos centros sanitários da região, é visível a aglomeração de doentes.

O risco de epidemias é grande em Nova Orleans, com um número indeterminado de corpos flutuando nas águas das enchentes. A reprodução de mosquitos transmissores de doenças pode aumentar o número de focos de infecções. A ameaça mais urgente para a saúde dos moradores que não deixaram Nova Orleans é a contaminação da água. O traslado de doentes a outros centros sanitários já não tem sido uma tarefa simples.

A equipe médica do hospital Infantil do Alabama se encarregou da evacuação de bebês prematuros do hospital Oschner de Nova Orleans, em cujo interior a temperatura ultrapassa os 40 graus centígrados. O ar condicionado central do local funciona de maneira intermitente, pois o combustível que alimenta os geradores elétricos é cada vez mais escasso.

Garland Stansell, porta-voz do Hospital Infantil do Alabama, explicou que foi possível evacuar sete bebês em situação grave da unidade de Oschner. Segundo o porta-voz, o hospital não tem conseguido se comunicar com os pais ou familiares desses bebês, que desta forma permanecerão hospitalizados por tempo indeterminado.

A situação nos hospitais e centros de assistência médica improvisados é igualmente grave em outras áreas do sul da Louisiana e do Mississippi, devastadas na terça-feira pelo furacão Katrina. Don Smithburg, diretor da Universidade estatal da Louisiana disse que na quarta-feira 10 mil pacientes, médicos e pessoal sanitário foram trasladados dos nove hospitais de Nova Orleans que ficaram sem eletricidade e água corrente.

AGÊNCIA EFE
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