| 29/08/2005 13h53min
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios começa esta semana com nova rotina em seus trabalhos. Os parlamentares tiraram as terças para ouvir depoimentos em grupos e as quartas, em plenário. Amanhã, na sub-comissão de contratos serão ouvidos o brigadeiro Venâncio Grossi e representante da Skynmaster, que tem contrato com os Correios. Na sub-comissão de fontes financeiras está marcado o depoimento de Kátia Rabelo, presidente do Banco Rural.
Na quarta, o plenário da comissão ouve representantes da Guaranhuns e da Bônus Banvall. O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) disse que as duas corretoras receberam recursos do empresário Marcos Valério e trabalham com contas no exterior. As corretoras já tiveram a quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário aprovada pela CPI.
O relatório parcial deverá ficar pronto até amanhã. Nele, deverão constar os nomes de 18 deputados que foram envolvidos no suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares. Além disso, o sub-relator para fontes financeiras, deputado Gustavo Fruet, disse que esta semana quer analisar empréstimos de Marcos Valério, ter acesso a algumas auditorias e relatórios parciais do Tribunal de Contas da União na área de informática, do correio aéreo nacional e do correio híbrido.
Ele também pretende conversar com a Polícia Federal para ter acesso a dados e investigações realizadas pelo órgão. Segundo ele, será feito também um trabalho de monitoramento junto a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para apresentar os dados de quebra de sigilo.
A CPI espera também para esta tarde uma nova base de dados de informações do Banco do Brasil das empresas de Marcos Valério. O deputado disse que a primeira planilha apresentada aparece um déficit (saldo negativo) nas contas de R$ 190 milhões, e na segunda base de dados apresentada é verificado um superávit (saldo positivo) de R$ 60 milhões.
AGÊNCIA BRASIL