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 | 27/08/2005 00h14min

Delcidio nega que CPI dos Correios terminará em pizza

Presidente da comissão reagiu a críticas do deputado ACM Neto

O senador Delcidio Amaral (PT-MS), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios, garantiu, nesta sexta, em São Paulo que não existe a menor possiblidade de os trabalhos da comissão terminarem em pizza. Ele afirmou que falar em pizza é "conversa para boi dormir", já que a CPI, além de estar sendo acompanhada pelos meios de comunicação, a sociedade não aceitaria esse final.

– Conversa de pizza, isso é conversa para boi dormir. Não existe, a população não admite, não aceita e não há nenhum político minimamente racional que vá admitir uma coisa dessas – reagiu o senador.

Delcidio disse ter ficado surpreso com as críticas do deputado ACM Neto (PFL-BA), já que ele tem participado de todas as decisões da CPI.

– Ele sabe muito bem, até porque é subrelator (da CPI) dos fundos de pensão, do compromisso que tem no sentido de nos ajudar a apresentar os resultados que a opinião pública espera.

O presidente da CPI dos Correios lembrou ainda que contra a possibilidade de tudo terminar em pizza existe o futuro político dos parlamentares, que devem enfrentar outra eleição em 2006.

– Existe também a biografia dos parlamanetares e existe um processo eleitoral em 2006. Ou alguém acredita que a população não vai julgar as pessoas por um trabalho omisso, se isso vier a ocorrer na CPI dos Correios? – questionou.

O senador não quis revelar os assuntos tratados, na quinta-feira, em encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, antes de viajar para São Paulo, onde fica até a segunda-feira. Disse apenas que tratou do "diálogo do governo com o Congresso" e sobre o trabalho das CPIs. Na avaliação do senador, algumas convocações e requerimentos aprovados tem que ser vistos "com muito cuidado" pelas CPIs.

– Daqui a pouco nós vamos começar a discutir as empresas de telecomunicações e a privatização. É um assunto que já foi ultrpassado, mas volta à tona. E isso para o mercado, para o país, para a economia, é uma coisa negativa. Ainda mais em um momento como esse – afirmou.

AGÊNCIA O GLOBO
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