O advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro Antonio Palocci, disse nesta quinta-feira que as ligações feitas para o ministro da Fazenda, em julho do ano passado, foram para falar da saúde do secretário da Fazenda Ralf Barquete Santos.

Barquete, que morreu em 2004, vítima de câncer, seria responsável pela repasse dos supostos recursos obtidos de propina ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Buratti acrescentou, em depoimento à CPI dos Bingos, que terminou agora à pouco, que a chamada antes passava por um assessor antes de chegar a Palocci. Entre 1993 e 1994, o advogado foi secretário de Governo de Ribeirão Preto durante parte da primeira gestão de Palocci. O depoente negou que tenha tido conversas sobre negócios.

Nos momentos finais de seu depoimento, o advogado disse que a quantia mensal de R$ 50 mil dada pela empresa Leão Leão a prefeituras do interior de São Paulo, era em parte sacada de agências do Bradesco e do Banespa. Buratti garantiu que a verba destinada ao PT era sempre contabilizada pela empresa de coleta de lixo.