| 25/08/2005 13h15min
O advogado Rogério Buratti, assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando ele era prefeito de Ribeirão Preto, afirmou que o seu depoimento em Ribeirão Preto se refere a fatos que ele conhece, mas nega ter reunido documentos para provar as acusações. Ao ser indagado na CPI dos Bingos se reafirmaria as acusações em uma possível acareação com Palocci, ele declarou que sim.
– Como vai se provar o que eu sei depende das investigações – disse.
Buratti acrescentou sobre as licitações:
– Eu nuncas as vi como licitações fraudadas – afirmou.
Segundo ele, os R$ 50 mil saíam do caixa da empresa.
Em boa parte de sua exposição inicial na CPI dos Bingos, Buratti falou de assuntos pessoais envolvendo o fim de seu casamento e a relação com a sua atual namorada. Segundo ele, a revista Época, em sua última edição, "deduziu de forma errada que a farra acabou com o meu casamento de 16 anos".
– Que interesse se tem quando diz que a farra acabou com o meu casamento? Isso me deixou indignado. Não foi isso que acabou com o meu casamento. Isso foi um grande violência. Peço perdão a Elza (sua ex-mulher) por expor nossa vida dessa forma – afirmou Buratti, que acusou a imprensa de explorar seus "pecados pessoais" para fazer sua ex-esposa "falar mal do marido".
De acordo com a Época, o advogado e militante do PT foi flagrado em conversas com garotas de programa por um grampo telefônico em poder da Justiça. Ele estaria namorando atualmente, continuou a revista, uma ex-prostituta, fato negado por Buratti na CPI.
– Disseram que eu me encantei com uma mineira, com quem estou vivendo agora(...) Disseram que eu larguei minha mulher para ficar com uma ex-prostituta que tinha um caso com uma autoridade de Brasília - comentou o advogado. - Mas é uma outra pessoa, de Belo Horizonte. E, mesmo que fosse (uma ex-prostituta), as pessoas não têm direito de melhorar de vida? Peço desculpas à Carla. Tá tudo mundo dizendo: 'Olha lá a prostituta que namora com o Buratti' – acrescentou.
AGÊNCIA O GLOBO